Desde 24 de agosto, Itália tem um tremor a cada 5 minutos
Nesse período, foram registrados 45 mil sismos no país
© REUTERS/Max Rossi
Mundo Tremor
Os terremotos desta quarta-feira (18) voltaram a causar pânico no centro da Itália, mas certamente não são uma surpresa.
Desde o tremor de 24 de agosto de 2016, que destruiu a cidade de Amatrice, essa região do país já registrou nada menos do que 45 mil atividades sísmicas, o que representa uma a cada quatro minutos e 45 segundos.
A maioria delas foi de magnitude inferior a 3.0 e passou despercebida pela população, mas algumas foram devastadoras, como a que derrubou boa parte do município de Norcia, na Úmbria, no último dia 30 de outubro.
"Desde 24 de agosto, os sismos não pararam, já passamos de 45 mil. As pessoas que vivem nessa região enfrentam essa situação cotidianamente", disse nesta quarta o chefe da Proteção Civil da Itália, Fabrizio Curcio.
O país está localizado sobre as placas tectônicas africana e euroasiática, que se chocam constantemente. Além disso, a primeira se move cerca de 2 cm por ano rumo ao norte, movimentando a cordilheira dos Apeninos, espécie de "espinha dorsal" que corta a Península Itálica no sentido norte-sul.
Segundo a sismóloga Paola Montone, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), os terremotos desta quarta-feira são resultado do mesmo sistema de falhas ativado em 24 de agosto, embora tenham ocorrido em um segmento diferente.
O terceiro deles, que teve magnitude 5.4 na escala Richter, foi registrado no mesmo trecho da sequência sísmica do terremoto de abril de 2009, em Áquila, que deixou 309 mortos. O de Amatrice, que deflagrou a atual série de sismos, matou 299 pessoas.
As duas cidades estão a menos de 50 km de distância uma da outra, em plena cordilheira dos Apeninos. No meio do caminho entre elas, fica Montereale, município da província de Áquila onde ocorreu o epicentro do primeiro terremoto desta quarta. (ANSA)
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