Vaticano nega rumores sobre encontro entre Trump e Papa
Reunião poderia ocorrer durante cúpula do G7 na Itália
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Mundo Boatos
O Vaticano negou nesta terça-feira (14) rumores sobre um possível encontro entre o papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos próximos meses.
Nos últimos dias, circularam boatos na imprensa italiana de que a reunião poderia acontecer por ocasião da próxima cúpula do G7, que será em Taormina, na Sicília, nos dias 26 e 27 de maio. No entanto, fontes vaticanas ouvidas pela ANSA dizem que nenhuma solicitação foi feita pela Casa Branca até agora.
Já ao diário "La Stampa" - um dos jornais que haviam cogitado um encontro durante o G7 -, funcionários da Santa Sé afirmaram que, quando o pedido chegar, as portas da Igreja estarão "abertas". O mesmo veículo afirma que Trump só solicitará uma audiência com o Papa após escolher seu embaixador no Vaticano.
No ano passado, ainda durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, Francisco chegou a dizer que qualquer pessoa que pense em construir um muro ao invés de criar pontes "não é cristã", em referência implícita à barreira prometida pelo republicano na fronteira com o México.
Poucos dias antes, o próprio Trump havia acusado o líder da Igreja Católica de ser "muito politizado", mas ambos amenizaram o tom logo depois. Enquanto Jorge Bergoglio, por meio de seu porta-voz, garantiu que não tinha questionado a fé do republicano, o agora presidente dos EUA chamou o Pontífice de "maravilhoso".
Após a posse de Trump, Francisco enviou uma mensagem pedindo a ele empenho na defesa da "dignidade humana e da liberdade no mundo". Contudo, desde então, algumas medidas tomadas pelo mandatário provocaram protestos na Igreja Católica, principalmente o veto a cidadãos de sete países de maioria muçulmana e o congelamento do acolhimento de refugiados.
Segundo o blog "Vatican Insider", o decreto ainda teve o efeito de unir a Igreja nos Estados Unidos, com críticas unânimes das alas conservadora e progressista. Por outro lado, a decisão de cortar o financiamento público a ONGs que promovam o direito ao aborto recebeu elogios, mas com reservas.
"Tomara que a mesma atenção dada à vida de quem ainda não nasceu seja adotada também em relação às vidas de quem foge da guerra ou busca um futuro melhor", disse ao blog um colaborador muito próximo ao Papa.
Recentemente, também surgiram notícias sobre a proximidade entre o estrategista de Trump, Steve Bannon, acusado de racismo e de ser supremacista branco, e o cardeal conservador Raymond Burke, patrono da Ordem de Malta e líder da oposição interna contra Francisco. (ANSA)
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