Suspeita de matar irmão de Kim Jong-un achou que ataque fosse pegadinha
Karnavian disse a jornalistas na província de Aceh que a indonésia Siti Aisyah, 25, foi paga para participar de uma brincadeira envolvendo câmeras escondidas
© Reuters
Mundo Coreia do Norte
Nesta sexta-feira (17), o chefe da polícia da Indonésia disse que uma das mulheres presas por suspeita de envolvimento na morte de Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, acreditou que o ataque a Jong-nam fosse uma pegadinha.
O chefe da polícia, Tito Karnavian, afirmou ter recebido a informação das autoridades malaias.
Karnavian disse a jornalistas na província de Aceh que a indonésia Siti Aisyah, 25, foi paga para participar de uma brincadeira envolvendo câmeras escondidas.
Ele afirmou que Aisyah e outra mulher tinham de convencer homens a fechar os olhos e depois pulverizá-los com água.
"Essa ação foi feita três ou quatro vezes e elas receberam alguns dólares por isso. O pulverizador usado com o último alvo, Kim Jong-nam, supostamente continha materiais tóxicos. Ela não sabia que era uma tentativa de assassinato".
Os comentários de Karnavian foram feitos depois que um parente de Aisyah disse à TV indonésia que ela havia sido contratada para participar de um filme de comédia e viajou à China como parte desse trabalho.
Os investigadores ainda tentam reunir detalhes do caso, e a Coreia do Sul ainda não disse como concluiu que a Coreia do Norte estava por trás do assassinato.
Kim Jong-nam, que chegou a ser considerado por algum tempo o sucessor do regime, caiu em desgraça em 2001, quando protagonizou um incidente constrangedor para o regime comunista. Ele foi detido no aeroporto de Tóquio com um passaporte falso da República Dominicana. Na ocasião, afirmou que pretendia visitar a Disneylândia.
Desde então viveu no exílio com sua família em Macau, Cingapura ou na China. Viajou diversas vezes para Bangcoc, Moscou e alguns países da Europa. Com informações da Folhapress.