Bolívia suspende reunião da OEA sobre crise na Venezuela
Decisão causa surpresa
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O governo da Bolívia suspendeu nesta segunda-feira (3) a sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) que havia sido convocada a pedido de 20 países-membros para discutir a crise na Venezuela.
Governada por Evo Morales, aliado do presidente Nicolás Maduro, a Bolívia assumiu a presidência rotativa do Conselho Permanente da OEA no último sábado (1°), pouco depois de o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ter anulado todas as funções da Assembleia Nacional venezuelana - decisão que já foi revertida.
A reunião da OEA havia sido pedida por 20 dos 35 Estados-membros da organização, com a anuência do secretário-geral Luis Almagro, já criticado por Maduro em diversas ocasiões. Por isso, a decisão da Bolívia de suspender o encontro causou surpresa, já que a presidência rotativa costuma ser um cargo meramente de coordenação.
"Trata-se de um abuso do exercício da presidência", criticou o representante do México na OEA, Luis Alfonso de Alba, lembrando que La Paz já havia tentado bloquear, ao lado de Caracas, a reunião anterior sobre a crise, no último dia 28, quando a entidade decidiu não expulsar o país.
O TSJ, espécie de Supremo Tribunal Federal da Venezuela, é fiel a Maduro, enquanto o Parlamento é dominado pela oposição. A decisão da corte gerou protestos por todo o país, além de denúncias de golpe de Estado, e acabou revertida no último sábado. (ANSA)
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