O segundo debate eleitoral para a Presidência da França nesta terça-feira (4) mostrou um clima de tensão e de troca de acusações entre os líderes das pesquisas eleitorais: Marine Le Pen, do Frente Nacional, e Emmanuel Macron, do Em Movimento.

Apesar de ser a primeira vez que os 11 postulantes ao maior cargo da política do país participarem do debate, os dois protagonizaram os maiores embates - especialmente, na questão da Europa.

"O nacionalismo é guerra e eu sei disso porque venho de uma região cheia de túmulos. Você não deveria fingir que isso é algo novo quando você fala com os fósseis de 50 anos atrás", disse Macron à Le Pen pelas ideias de retirar a França da União Europeia e de lutar contra o terrorismo fechando as fronteiras.

O candidato independente ainda disse que a atual presidente do Frente Nacional, de extrema-direita e eurocético, "repete as mesmas mentiras que ouvimos de seu pai por 40 anos". A fala se refere a Jean-Marie Le Pen, polêmico fundador do FN e que foi afastado da sigla desde que Marine assumiu o comando.

Por sua vez, a líder das pesquisas acusou Macron de ser parte dos problemas causados pelo terrorismo no país, já que fez parte do governo atual, do presidente socialista François Hollande.

A menos de 20 dias das eleições, Le Pen e Macron seguem sendo os favoritos para o segundo turno do pleito. Uma pesquisa divulgada hoje pela "OpinionWay/Orpi" e divulgado pela rádio "Classique" e pelo jornal "Les Echos", a líder do FN tem 26% das intenções de voto contra 24% de Macron.

O candidato da direita, François Fillon, estagnou nos 20% desde que escândalos judiciais começaram ser abertos contra ele, enquanto o líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon aparece com 15%. O candidato governista, Benoît Hamon, aparece com apenas 10% dos votos. (ANSA)

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