De Nice a Estocolmo; relembre ataques realizados com caminhão
Modus operandi é relativamente fácil e muito mortal
© Eric Gaillard/Reuters
Mundo Atentado
Um caminhão que acelera contra uma multidão assustando e assassinando a maior quantidade de pessoas no caminho, como o que matou ao menos quatro pessoas no centro de Estocolmo, na Suécia, nesta sexta-feira, dia 7: este é o novo modus operandi dos ataques terroristas na Europa.
O modo no qual o atentado desta sexta ocorreu na capital sueca está amparado em uma estratégia agressiva, mortal e de baixo custo que grupos terroristas, principalmente o Estado Islâmico (EI, ex-Isis), incentivam amplamente para ataques na Europa.
O próprio EI, por exemplo, chegou até a divulgar um manual passo a passo de como seus jihadistas ou os chamados "lobos solitários" podem realizar ataques usando caminhões, modo no qual não é preciso de armas e explosivos, no qual os agressores podem passar mais despercebidos sem levantar muitas suspeitas e que o próprio grupo acredita que é um dos mais letais.
Um dos atentados do tipo que mais causou mortes foi o do dia 14 de julho do ano passado em Nice, na França, que matou 86 pessoas e feriu no mínimo outras 450. Naquele dia, uma multidão estava reunida na cidade francesa para comemorar o feriado nacional que estava quase no fim, o Dia da Bastilha, quando um homem dentro de um caminhão começou a atropelar todas as pessoas em sua frente em alta velocidade e por quase 2 quilômetros.
O motorista do veículo, de origem tunisiana, ainda realizou alguns disparos antes de ser morto pela polícia local.Já em 19 de dezembro também do ano passado, o tunisiano Anis Amri também investiu contra uma multidão que estava em mercado de Natal de Berlim, na Alemanha, em um caminhão, matando 12 pessoas e ferindo outras dezenas.
O terrorista, que estava na Europa há anos, conseguiu passar por vários países, como Holanda e França, antes de entrar na Itália, onde foi morto perto de Milão por dois policiais que não sabiam sua identidade. O terceiro atentado do gênero, e o mais recente deles, foi o ao Parlamento de Londres, que aconteceu no dia 22 de março deste ano.
O agressor, o britânico convertido ao Islã Khalid Massod, atropelou em seu veículo 4x4 as pessoas que estavam na ponte de Westminster e no caminho ao Palácio de mesmo nome, sede do Parlamento do país. Logo depois, o homem saiu do carro, esfaqueou um oficial e foi morto pela polícia de Londres. No ataque, este policial e mais outras três pessoas que foram atropeladas morreram e várias outras ficaram feridas.
No entanto, nesta sexta, o balanço do número de mortos subiu para cinco já que a romena Andreea Cristea, que havia saltado da ponte no rio Tâmisa para se salvar do terrorista, não resistiu aos ferimentos. (ANSA)
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