Países consideram 'compreensível' ataque dos EUA
Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Malta e Chipre concordam com afirmação
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Mundo Síria
O ataque lançado pelos Estados Unidos contra a base aérea de Shayrat, na Síria, teve a intenção, compreensível, de impedir e dissuadir a propagação da utilização destas armas [químicas], limitando-se e concentrando-se sobre esse objetivo", afirmaram Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Malta e Chipre numa declaração conjunta, citada pela AFP, em Madrid.
Nesse sentido, também condenaram o ataque aéreo com armas químicas a 4 de abril, na província síria de Idleb (noroeste do país), sublinhando que "o uso reiterado de armas químicas na Síria" tanto por parte do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, "como por parte do Estado Islâmico, constituem crimes de guerra".
"Todos os autores identificados devem prestar contas por esta violação do Direito Internacional e têm de ser sancionados no quadro das Nações Unidas", indica ainda a declaração.
Assim, os países do sul da União Europeia afirmam que vão continuar apoiando "os esforços e o trabalho" da Organização para a Proteção contra as Armas Químicas (OPAQ) e da ONU "quanto à investigação sobre o uso de armas químicas."
Sobre o futuro da Síria, os sete países sublinham que "não existe uma solução militar para o conflito".
"Apenas uma solução política credível, segundo o que está previsto na resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU e no Comunicado de Genebra de 2012, poderá garantir a paz e a estabilidade na Síria, permitindo a derrota decisiva do Estado Islâmico e de outros grupos terroristas que a ONU tenha identificado na Síria", lê-se também na declaração conjunta.
Os chefes de Estado ou de governo dos sete países do sul da Europa reúnem-se nesta segunda-feira (10) em Madrid tendo como principais temas em agenda o futuro da União Europeia e o processo de saída do Reino Unido (Brexit).
A Cimeira de Madrid consistiu num almoço de trabalho no Palácio do Pardo, sendo seguida pelas habituais declarações dos líderes à imprensa. Com informações da Lusa.