Trump comemora disparo de 'superbomba' no Afeganistão
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o objetivo era atingir túneis e grutas usados pelos membros do EI
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Mundo Estado Islâmico
Os Estados Unidos lançaram sua maior bomba não nuclear na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, para atingir alvos do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Segundo a emissora "CNN", o artefato pesa quase 10 toneladas e pode destruir tudo em um raio de centenas de metros. Essa foi a primeira vez que o explosivo, apelidado de "mãe de todas as bombas", foi utilizado.
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o objetivo era atingir túneis e grutas usados pelos membros do EI.
"Foram tomadas todas as precauções para evitar vítimas civis e danos colaterais", acrescentou.
Já o presidente Donald Trump, respondendo a perguntas de jornalistas sobre a "superbomba", exaltou "mais uma missão de sucesso". "Estou muito orgulhoso de nossos militares", acrescentou o republicano.
Batizada de "GBU-43/B", a bomba integra o arsenal norte-americano desde 2003, durante a Guerra do Iraque, mas até hoje só havia sido usada em testes. Ela também é conhecida pelo acrônimo "Maob", que significa, em inglês, "Munição Maciça de Destruição Aérea" ou "Mãe de Todas as Bombas".
"Essa é a munição adequada para reduzir esses obstáculos [túneis] e manter o ímpeto de nossa ofensiva contra o EI", disse o general John W. Nicholson, comandante das forças dos EUA no Afeganistão.
A província de Nangarhar concentra a atuação de militantes do EI no país asiático, que já anunciou uma "nova estratégia" para derrotar o grupo. Há pelo menos dois anos, a milícia tenta instalar uma base nessa zona oriental do Afeganistão e nesse período realizaram diversos atentados, inclusive um que matou cinco pessoas em frente ao Ministério da Defesa, em Cabul.
O disparo da "mãe de todas as bombas" aconteceu quase uma semana depois do bombardeio norte-americano contra a base militar síria de Shayrat, em resposta a um ataque químico atribuído ao regime de Bashar al Assad, e marca uma fase mais agressiva na política externa de Trump, que durante a campanha havia se mostrado um isolacionista. Com informações da ANSA.