França diz ter provas de que ataque químico foi comandado pela Síria
Segundo relatório do serviço de inteligência francês, método de fabricação do gás sarin é normalmente utilizado pelo governo sírio
© Ammar Abdullah / Reuters
Mundo Acusação
O chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, afirmou nesta quarta-feira (26) ter provas de que o ditador sírio Bashar al-Assad é responsável pelo ataque químico que matou ao menos 80 pessoas no início de abriu na Síria.
"Diante do horror deste ataque e das violações repetidas da Síria de seus compromissos de não voltar a utilizar as armas proibidas pela comunidade internacional, a França decidiu compartilhar com seus sócios e com a opinião pública mundial os relatórios que dispõe", disse o chanceler.
Segundo um relatório do serviço de inteligência francês, não há dúvidas em relação à utilização de gás sarin, já confirmada com autópsias. De acordo com o documento, foram encontrados rastros de hexamina, que é um estabilizador que seria a "assinatura" do regime sírio na produção das armas químicas.
Este método de fabricação é o utilizado pelo CPECS (Centro de Pesquisa e Estudos Científicos da Síria) para o regime sírio."
A França afirma que o gás sarin usado no ataque de 4 de abril em Khan Sheikhun coincide com amostras do gás utilizado em um ataque contra Saraqeb em 29 de abril de 2013, segundo a Folha de S. Paulo.
A Síria, no entanto, nega envolvimento no ataque química e diz ter entregue todo o seu arsenal de armas de destruição em massa às autoridades em 2013. A Rússia, que é forte aliada ao governo sírio, criticou o relatório francês e afirmou que os indícios listados no documento não são suficientes para acusar a Síria pelo ataque.
Leia também: Justiça dos EUA suspende decreto de Trump contra 'cidades-santuário'