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Confira os principais pontos da declaração final do G7

Cúpula em Taormina, na Itália, foi encerrada neste sábado

Confira os principais pontos da declaração final do G7
Notícias ao Minuto Brasil

05:59 - 28/05/17 por Ansa

Mundo Discórdia

Considerada uma das cúpulas mais difíceis do G7 devido à complexidade da pauta e da divergência de opiniões entre os países do bloco, a reunião de Taormina, na Itália, foi encerrada neste sábado (27) com uma declaração conjunta sobre imigração, comércio e terrorismo, mas ofuscada com a ausência de um acordo sobre meio ambiente. O presidente norte-americano, Donald Trump, negou-se a assinar um texto com os compromissos ambientais do G7 na declaração final. O magnata republicano, que em diversas ocasiões chamou o aquecimento global de "invenção" e afirmou que as medidas ambientais prejudicavam o crescimento e a indústria, argumentou que os EUA estão revisando sua política e que, na próxima semana, dará uma resposta se cumprirá ou não o Acordo de Paris, alcançado em 2015 na COP21 e considerado o maior compromisso mundial para controlar a emissão de poluentes. A chanceler alemã, Angela Merkel, demonstrou desapontamento, afirmando que as negociações sobre o clima foram "muito insatisfatórias". Ela e Trump, que já trocaram farpas em diversas ocasiões, decidiram cancelar suas coletivas de imprensa após o G7.

Mas, se por um lado a cúpula terminou sem a tradicional declaração do meio ambiente, desta vez contou com uma posição conjunta contra o terrorismo. Os líderes da Itália, anfitriã do encontro, Alemanha, França, Japão, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido produziram uma carta condenando atentados terroristas e ratificando seus compromissos no combate a esta ameaça.

O gesto foi visto como solidariedade aos britânicos, que na última segunda-feira (22) foram alvo de um atentado assumido pelo Estado Islâmico durante um show da cantora americana Ariana Grande em Manchester. Ao menos 22 pessoas morreram e 50 ficaram feridas. Outro ponto discutido com tensão dentro do G7 foi o comércio.

Após rodadas de debate, Trump cedeu e permitiu que fosse incluído na declaração final um trecho sobre "o combate ao protecionismo".

O texto cita a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a importância de se garantir equidade e liberdade nas operações, combatendo o "protecionismo em todas as suas formas". A declaração final do G7, que contém apenas seis páginas, contra a média de 30 a 40 das cúpulas anteriores, também citou a possibilidade dos países adotarem "mais medidas" restritivas contra a Rússia e a Coreia do Norte. O G7 prometeu manter as sanções contra Moscou e adotar mais ações caso a Rússia viole os acordos de Minsk sobre a Ucrânia.

Já o regime norte-coreano foi ameaçado com mais sanções se continuar com os testes nucleares e de mísseis balísticos. Considerado o tema principal do G7 para a Itália, a imigração esteve no centro da cúpula logo no primeiro dia. Todos os países concordaram em defender e reconhecer os direitos humanos de cada imigrante e refugiado, mas por pressão de Trump, incluíram na declaração a possibilidade das nações "defenderem suas fronteiras" e garantirem sua segurança interna. A cidade de Taormina, que diariamente recebe dezenas de imigrantes, tinha sido escolhida simbolicamente para a sediar a cúpula e chamar a atenção para a crise humanitária. O texto final, porém, foi criticado por ONGs, que alegam que o governo do premier italiano Paolo Gentiloni não conseguiu atingir seu objetivo de criar um compromisso comum das grandes potências com os refugiados. A crise imigratória e o combate ao terrorismo também foram abordados em uma reunião paralela do G7 com países da África que receberão investimentos da União Europeia (UE).

A próxima cupula do G7 será em Quebec, no Canadá. (ANSA)

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