Meteorologia

  • 22 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

'Não esqueço o barulho da van', diz brasileira que fugiu de terrorista

Jovens contam como se salvaram por pouco do atropelamento na ponte de Londres no último sábado (3)

'Não esqueço o barulho da van', diz brasileira que fugiu de terrorista
Notícias ao Minuto Brasil

12:39 - 06/06/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo ponte de Londres

A psicóloga Rita Hildebrand Almeida, de 36 anos, estava na ponte de Londres com duas amigas quando uma van em alta velocidade atropelou pessoas que passavam no local. Rita revela que, a princípio, achou "que a motorista estava bêbado", pois o veículo parecia desgovernado, subiu na calçada e atropelou uma menina. A "minha única reação foi correr", disse ela.

A psicóloga, que vive em Londres desde fevereiro, teve a impressão que o motorista chegou a virar para atingir a ela e as amigas, também brasileiras, quando elas subiram as escadas de um pub bem em frente ao local da batida da van.

"A gente achou que [a van] ia explodir. Fomos salvas pela 'escada de Deus', porque não tinha para onde ir tão rápido", desabafou.

As brasileiras entraram no pub London Grind, que é vizinho ao Barrowboy & Banker, que foi atingido. Lá, elas se esconderam embaixo de mesas e ficaram por uma hora.

A administradora Lívia Nantes Tenuta, de 35 anos, tinha chegado a Londres um dia antes e ainda está abalada. "Fiquei bem assustada por acontecer na minha primeira visita à cidade. É impactante", disse à Folha de S. Paulo.

Ela lembra que quando a van se chocou com o pub, houve correria e pânico. "A polícia apareceu gritando para sair rápido e correr para a ponte no sentido oposto ao da van. A gente viu os corpos. Umas 20 pessoas caídas, e os próprios policiais de preto tentando reanimá-las", completou.

A terceira brasileira é a fotógrafa Marianne Herrero, de 31 anos, que também estava visitando a amiga que mora na cidade. "Um táxi tinha uma mancha enorme de sangue na lateral. [Havia] muito policial armado mandando esvaziar a área [a polícia londrina não usa armas de fogo no dia a dia]. A sensação que tenho é que tive um sonho muito louco. Parecia filme", desabafou.

Depois de caminharam por cerca de duas horas e meia até conseguirem pegar um transporte, a fotógrafa conta que só dormiu com ajuda de um remédio. "A gente ficou o dia todo em casa ontem (domingo). Muita dor no corpo porque ficamos muito tensas", disse Lívia.

Apesar de afirmarem que vão seguir com a viagem e visitar os locais que haviam programado, as amigas confessam o trauma: "a gente não consegue esquecer o barulho da van."

O atentado

Três homens atropelaram vários transeuntes, na noite de sábado (3), na ponte de Londres e depois seguiram para o Borough Market, onde abandonaram o veículo e esfaquearam várias pessoas. Eles foram mortos em poucos minutos pela polícia.

Sete pessoas morreram e pelo menos 48 ficaram feridas.

Leia também: Polícia liberta todos os suspeitos de atentado em Londres

Campo obrigatório