Ataque aéreo destrói importante mesquita de Mosul
Estado Islâmico ou tropas norte-americanas podem ser culpadas
© REUTERS/Alaa Al-Marjani
Mundo Conflito
A emblemática mesquita de al-Nuri, em Mosul, no Iraque, e o seu mirante, foram destruídos nesta quarta-feira, dia 21, após serem alvos de uma explosão. Até o momento, o Exército iraquiano culpou o Estado Islâmico (EI, ex-Isis) de ter realizado o ataque, enquanto o grupo terrorista afirmou que a destruição foi causada pelas frotas aéreas norte-americanas, que fazem parte da coalizão com o Iraque. Os Estados Unidos ainda não divulgaram seu posicionamento oficial.
Os primeiros a declarar de quem foi a autoria da explosão foram tropas iraquianas. "Nossas forças estavam avançando em direção aos alvos no interior da 'Cidade Antiga' e quando chegaram a uns 50 metros da mesquita de al-Nuri, o Daesh (como é chamado o EI em países árabes) cometeu outro crime histórico explodindo a mesquita", afirmou o tenente-general Abdul Amir Yarallah, comandante responsável pela ofensiva a Mosul, em um comunicado.
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Pouco tempo depois, no entanto, o grupo terrorista declarou através da sua revista eletrônica, a "Amaq", que um avião norte-americano pertencente da coalizão com as tropas iraquianas tinha sido o verdadeiro culpado da explosão. A mesquita de al-Nuri ganhou fama internacional em 2014 quando o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, fez uma rara aparição no espaço para proclamar a criação do seu "califado".
RESPOSTA
A coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque negou ter realizado o ataque que destruiu a mesquita. Segundo o coronel Ryan Dillon, um dos porta-vozes, da coalizão, o templo foi realmente alvo de uma explosão, mas não norte-americana como o grupo Estado Islâmico afirma. "Não conduzimos um ataque aéreo na área naquele momento", disse Dillon.
(ANSA)