Novo terremoto assusta moradores de Amatrice, na Itália
Tremor de 3,9 graus não causou danos à cidade italiana
© REUTERS/Stefano Rellandini
Mundo Tremor
Um terremoto de 3,9 graus na escala Richter assustou os moradores da pequena cidade de Amatrice, na Itália, nesta sexta-feira (30).
O epicentro foi registrado a quatro quilômetros de Cittareale, às 2h25 (21h25 de quinta-feira no horário de Brasília), a 12km de profundidade, de acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
Além da província de Rieti, onde fica Amatrice, foram afetadas as províncias de Áquila, Ascoli Piceno e Perugia. De acordo com as informações oficiais, não houve danos graves nas áreas afetadas.
A região central da Itália foi muito destruída entre agosto e novembro do ano passado, quando uma série de terremotos devastou centenas de pequenas cidades na região. Amatrice foi uma das que mais sofreu, registrando mais de 200 mortos no sismo do dia 24 de agosto de 2016. Além disso, o centro da cidade foi completamente destruído.
De acordo com o sismólogo do INGV, Alessandro Amato, o tremor de hoje está ligado "à sequência iniciada em 24 de agosto". O especialista aponta que toda a área onde está Amatrice ainda sentirá tremores do tipo porque "a energia ainda está acumulada".
+ Morre Simone Veil, 1ª mulher a presidir o Parlamento Europeu
"O andamento [dos tremores] diminuiu nos últimos meses de maneira contínua, mas ainda são observadas retomadas de eventos sísmicos. Trata-se de uma situação imprevisível, mesmo que em diminuição, que apresenta altos e baixos. Onde houve a retomada dos sismos são zonas em que a energia mais se acumulou", explica.
Como a região é acidentada, Amato explica que essa situação se prolonga por um período muito maior do que o normal. "Os tremores dessa noite ocorreram na mesma falha de 24 de agosto.
Há situações que duram por muitos meses e não se pode excluir que ocorre algum mais forte", disse ainda o especialista.
Em cerca de 48 horas, a região registrou 37 abalos sísmicos, sendo que três deles foram acima de 3 graus. (ANSA)
Foto de arquivo