Candidato à Constituinte é assassinado na Venezuela
Não se sabe, porém, se ele também liderava um coletivo (milícia chavista)
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Um candidato à Assembleia Constituinte convocada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi assassinado a tiros durante um comício na noite de segunda-feira (10) em Maracay, a 123 km de Caracas.
José Luis Rivas Aranguren, 42, foi atingido por oito disparos feitos por dois homens assim que foi anunciado pelos apresentadores do evento. Outras duas pessoas ficaram feridas. Os atiradores fugiram na sequência.
O Ministério Público e o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas, ligado ao governo, investigam o crime. Líderes comunitários de Maracay atribuem a morte a um ajuste de contas entre grupos rivais.
Líder dos mototaxistas em Girardot, cidade vizinha a Maracay, Rivas era militante chavista e organizava seu grupo para atos governistas. Ele havia se postulado pela categoria dos motociclistas no Estado de Aragua.
Não se sabe, porém, se ele também liderava um coletivo (milícia chavista).
Beneficiados pelo chavismo e moradores de bairros pobres, boa parte dos mototaxistas ou pertencem ou têm relações próximas com os milicianos.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mais de 30 mil pessoas vão concorrer às 545 vagas na Assembleia Constituinte. Como a oposição boicotou a votação, marcada para o dia 30, a maioria dos candidatos é chavista.
De todas as cadeiras, 364 serão definidas por voto universal, divididas por municípios. As restantes pertencerão a setores populares, principalmente sindicatos e associações comunitárias ligadas a Nicolás Maduro. Com informações da Folhapress.