Casa Branca define protestos em Virgínia como 'terrorismo'
Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H. R. McMaster falou sobre o ato neste domingo
© Stephen Lam/Reuters
Mundo Extremistas
Os confrontos entre supremacistas brancos e pessoas que militam contra o fascismo em Charlottesville, na Vírgínia, nos Estados Unidos, foram definidos como um ato de "terrorismo pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H. R. McMaster, neste domingo (13).
"Cada vez mais se comete ataques contra às pessoas para incitar o medo, o terrorismo", disso Mc Master em entrevista ao canal "ABC". "Condenamos os supremacistas brancos, os racistas e os grupos nazistas", acrescentou o conselheiro após o presidente norte-americano, Donald Trump, ser duramente criticado, por republicanos e democratas, sobre seus comentários e sua inação em relação ao ato.
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A manifestação, que reuniu mais de mil pessoas, provocou a morte de três pessoas, sendo uma mulher, que foi atropelada por um carro, e outras duas vítimas que estavam a bordo de um helicóptero da polícia, que caiu na região. Em coletiva de imprensa, Trump culpou "vários lados" pela violência, sem condenar explicitamente os grupos neonazistas.
"Condenamos nos termos mais firmes possíveis essa exibição atroz de ódio, fanatismo e violência procedente de vários lados. O ódio e a divisão devem parar agora. Temos que nos unir como norte-americanos como amor à nossa nação". Além disso, o mandatário não respondeu as perguntas de jornalistas, que questionavam se ele considerava o atropelamento de manifestantes antirracistas um ato de terrorismo.
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Não vou poupar palavras. Atribuo grande parte da culpa do que está acontecendo hoje no país para a Casa Branca e o entorno do presidente", criticou o democrata Michael Signer, prefeito da cidade.
No Twitter, o senador pela Flórida, o republicano Marco Rubio, afirmou ser "muito importante para o país que o presidente descreva os eventos em Charlottesville como eles são: um ataque terrorista de supremacias brancos".
Centenas de nacionalistas iniciaram um protesto na noite da última sexta-feira (11) contra a remoção de uma estátua de Robert E. Lee, um general confederado da Guerra Civil norte-americana. Entre os grupos estavam neonazistas, que entraram em confronto com manifestantes antifascistas e antirracistas.
Durante o ato, um motorista, identificado como James Fields, de 20 anos, atropelou diversos ativistas antirracismo, matando uma mulher e deixando ao menos 15 feridos. O homem foi detido, sob suspeita de homicídio. O caso é investigado pelo FBI. (ANSA)