Supremacistas brancos organizam novo protesto na Virgínia
Tensão entre grupos de extrema-direita e antifascistas cresce nos Estados Unidos
© REUTERS/Joshua Roberts
Supremacistas brancos pediram autorização para realizar uma próxima manifestação no dia 16 de setembro, em Richmond, na Virgínia. Na ocasião, os grupos planejam protestar contra a cogitada remoção de um monumento ao general Robert E. Lee, que liderou as tropas confederadas a favor da escravidão durante a Guerra Civil dos Estados Unidos.
Se o protesto for autorizado, a tensão entre grupos antifascistas vai aumentar ainda mais, como observa o jornal Folha de S. Paulo. É esperada uma resistência do movimento negro Black Lives Matter, de ativistas de esquerda em geral, e da Antifa, grupo antifascista que se opõe a supremacistas brancos.
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Desde que o presidente Donald Trump foi eleito, no ano passado, o movimento Antifa vem crescendo e se fortaleceu ainda mais esta semana quando o republicano optou por não condenar o protesto dos supremacistas brancos em Charlottesville, que deixou uma pessoa morta e 19 feridas.
O movimento Antifa não repudia a violência. No dia da posse de Trump, queimaram sacos de lixos, quebraram vitrines e um deles chegou a acertar com um soco em Richard Spencer, líder do movimento nacionalista branco Alt-right.
Os supremacistas brancos que apoiaram a candidatura de Trump ainda são mais numerosos. David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, ficou incomodado com a leve condenação que Trump fez à violência em Charlottesville. Pouco antes, na manifestação, demonstrou como os supremacistas se sentem representados pelo presidente. "Nós vamos concretizar as promessas de Trump, é por isso que votamos nele, porque ele vai trazer nosso país de volta para a gente", disse Duke.
O site neonazista Daily Stormer comemorou a realização da manifestação e avisou: "Vamos começar a fazer isso sem parar. Vamos fazer eventos bem maiores do que esse de Charlottesville".