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Pai de nazista de Charlottesville repudia ato do filho em carta aberta

'Não sabemos exatamente onde ele aprendeu tais crenças. Não foi em casa', escreve

Pai de nazista de Charlottesville repudia ato do filho em carta aberta
Notícias ao Minuto Brasil

07:34 - 16/08/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Emocionante

Pearce Tefft, o pai de um dos participantes da violenta manifestação de extrema-direita que aconteceu neste sábado (12) em Charlottesville, na Virgínia, resolveu escrever uma carta aberta em um jornal local para repudiar a orientação política do seu filho, Peter Tefft.

O pai ficou sabendo da participação do filho na manifestação através de uma conta no Twitter chamada "Yes, You’re Racist" ("Sim, você é racista", em tradução livre), que está identificando e denunciando os envolvidos.

Segundo Pearce, o seu filho é um “nacionalista branco declarado” que um dia afirmou que “a questão sobre nós, fascistas, não é que não acreditemos em liberdade de expressão. Você pode dizer o que quiser. Nós apenas vamos te jogar em um forno”.

Eu, junto de todos os seus irmãos e de sua família, desejo contundentemente repudiar a retórica e as ações torpes, odiosas e racistas de meu filho. Não sabemos exatamente onde ele aprendeu tais crenças. Não foi em casa."

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De acordo com o site Hypeness, outros familiares referiram-se a Peter como um “maníaco que entrou em um buraco negro da internet e se tornou um nazista louco”, ou simplesmente como alguém de quem eles sentem medo.

Leia a íntegra da carta traduzida:

“Meu nome é Pearce Tefft, e escrevo a todos, a respeito do meu filho mais novo, Peter Tefft, um nacionalista branco declarado que tem aparecido em diversas reportagens locais nos últimos meses.

Na última sexta-feira meu filho viajou para Charlottesville, e foi entrevistado por uma equipe de jornalistas enquanto marchava ao lado de outros nacionalistas brancos, que alegadamente acabaram matando uma pessoa.

Eu, junto de todos os seus irmãos e de sua família, desejo contundentemente repudiar a retórica e as ações torpes, odiosas e racistas de meu filho. Não sabemos exatamente onde ele aprendeu tais crenças. Não foi em casa.

Tenho dividido minha casa e meu coração com amigos e conhecidos de todas as raças, gêneros e credos. Ensinei às minhas crianças que todos os homens e mulheres são iguais. Que temos de amar a todos igualmente.

Evidentemente Peter decidiu por desaprender tais lições, para desgosto e sofrimento meu e de sua família. Estávamos em silêncio até agora, mas agora vemos que isso foi um erro. Foi o silêncio de boas pessoas que permitiu que os nazistas florescessem da primeira vez, e é o silêncio de boas pessoas que está permitindo que floresçam agora.

Peter Tefft, meu filho, não é mais bem-vindo em nossas reuniões familiares. Eu rezo para que meu pródigo filho renuncie suas crenças odiosas e volte para casa. Só assim poderei novamente sorrir.

Suas opiniões de ódio estão trazendo retóricas de ódio na direção de seus irmãos, primos, sobrinhos e sobrinhas, assim como de seus pais. Somos culpados de tal associação? Novamente, nenhuma de suas crenças ele aprendeu em casa. Nós não aceitamos e jamais aceitaremos sua deturpada visão de mundo.

Ele certa vez disse, em tom jocoso: ‘a questão sobre nós, fascistas, não é que não acreditemos em liberdade de expressão. Você pode dizer o que quiser. Nós apenas vamos te jogar em um forno’.

Peter, você vai ter que atirar nossos corpos no forno também. Por favor, filho, renuncie ao ódio, aceite e ame a todos.”

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