Filipinas: operação antidrogas de Duterte deixa 32 mortos em 24 horas
A 'guerra contra as drogas' declarada pelo presidente das Filipinas há cerca de um ano já deixou 3.451 mortos pela polícia
© Romeo Ranoco/Reuters
Mundo Narcotráfico
A polícia da província filipina de Bulacão anunciou nesta quarta-feira (16) que matou 32 supostos traficantes de drogas em um intervalo de 24 horas. A "guerra contra as drogas" declarada pelo presidente Rodrigo Duterte há cerca de um ano já deixou 3.451 mortos pela polícia, segundo dados oficiais.
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Segundo informações oficiais noticiadas pela Efe, outras 107 pessoas foram detidas em uma operação antidrogas realizada entre segunda e terça-feira (14 e 15) na província que tem 3,3 milhões de habitantes.
Ainda de acordo com as autoridades, foram apreendidos 367 sacos com cloridrato de metanfetamina, 765 gramas de maconha, 2 granadas, 34 armas de fogo de diversos calibres e 114 balas nas últimas 49 operações policiais realizadas nas Filipinas.
A polícia local justificou as mortes dizendo que os suspeitos eram "notórios delinquentes que preferem lutar até a morte antes de ser preso" e os agentes "não tiveram outra maneira de pará-los". A corporação ainda considerou que a operação foi um sucesso na "luta implacável contra as drogas e armas ilegais" na província.
Estima-se que cerca de 7 mil pessoas, somando vítimas feitas pela polícia a outras mortes favorecidos pelo clima de impunidade, já tenham sido assassinadas nas Filipinas desde que Duterte iniciou a sua controversa campanha contra o narcotráfico.