África do Sul pede ajuda à China para combater racismo
Sunil Geness, delegado sul-africano, é um adepto apaixonado da "transformação digital radical"
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Mundo BRICS
A nona cúpula dos BRICS, na cidade chinesa de Xiamen, segue em pleno andamento, com reuniões bilaterais dos líderes e sessões plenárias. Um dos membros da delegação sul-africana, o diretor da Associação de Tecnologias Informativas do país, Sunil Geness, falou aos jornalistas sobre as impressões do fórum, que ele acha excelente.
A África do Sul foi a última nação a integrar o grupo de países emergentes dos BRICS em 2011, ampliando assim sua representação à escala continental. Entretanto, logo virou um ativo membro do grupo, recebendo firme apoio por parte dos outros quatro países-participantes.
Nesta segunda-feira (4), o presidente chinês Xi Jinping se encontrou com seu homólogo sul-africano Jacob Zuma, apelando para estreitar a cooperação com o país e garantir a paz e o desenvolvimento, assinala a agência chinesa Xinhua. Para Xi, "as relações entre a África do Sul e a China estão no melhor ponto da sua história".
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Sunil Geness, delegado sul-africano, que é um adepto apaixonado da "transformação digital radical", elogiou o desenvolvimento tecnológico chinês com o sistema autônomo e "nativos digitais" e revelou as diferenças da realidade sul-africana neste campo.
"No nosso país [África do Sul], temos um 'background' complicado, o que é desanimador. Somos um país onde os africanos negros têm sido discriminados da pior forma possível. Então, eles não têm acesso aos dispositivos aos quais vocês têm acesso. O fornecimento destes equipamentos que sejam reutilizáveis de modo sustentável seria importante, e a China pode fazê-lo, pois produz todo o tipo de laptops e outros aparelhos", explicou.
O representante sul-africano adiantou, falando à imprensa chinesa e internacional, que a "China pode ser um exemplo" para o seu país, além de "transferir capacidades", necessárias no campo tecnológico. Ademais, Geness elogiou o recém-proposto formato dos "BRICS+", realçando que o grupo conta com 40% da população mundial e "pode ser ampliado ainda muito mais com outros países como o México, o Egito e outros". Para o delegado, as diferenças culturais podem causar certas dificuldades, mas ao mesmo tempo garantem o "enriquecimento" do bloco.
"O nível de desenvolvimento que vocês têm aqui não tem precedentes em termos de crescimento", expressou Geness, falando da China e da cidade portuária de Xiamen em particular. Com informações da Sputnik News Brasil.