Coreia do Norte prepara novo lançamento de míssil, diz Seul
Diante da possibilidade de novos lançamentos, a Coreia do Sul afirmou que conversa com os Estados Unidos sobre estratégias de combate
© Reuters / KCNA
Após o sexto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no domingo (3), a Coreia do Sul afirmou nesta segunda (4) ter detectado indícios de que Pyongyang prepara um novo lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM).
Indícios de que a Coreia do Norte "prepara um novo disparo de míssil balístico foram detectados constantemente desde o teste de domingo", afirmou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, que não disse o momento em que o disparo poderia acontecer.
O ministro sul-coreano da Defesa, Song Young-Moo, disse também que seu país acredita que a Coreia do Norte miniaturizou com sucesso uma arma nuclear para que seja instalada em uma ogiva.
Diante da possibilidade de novos lançamentos norte-coreanos, a Coreia do Sul afirmou que conversa com os Estados Unidos sobre mobilizar novos porta-aviões e bombardeiros estratégicos na península coreana.
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O anúncio foi feito horas depois da Coreia do Sul realizar novo exercício com mísseis balísticos, em resposta ao teste nuclear norte-coreano. No treinamento, foram utilizados "mísseis balísticos sul-coreanos do tipo Hyunmoo e caças F-15K".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também pediu para ser informado sobre todas as opções militares disponíveis, de acordo com seu secretário de Defesa.
O Conselho de Segurança da ONU deve se encontrar nesta segunda (4) para discutir novas sanções contra Pyongyang. No domingo (3), o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que o teste nuclear é "profundamente desestabilizador".
POTÊNCIA
De acordo com a Coreia do Norte, o sexto teste do país usou uma bomba de hidrogênio e foi o teste nuclear mais potente de Pyongyang. O regime comunista anunciou que a bomba é suficientemente pequena para ser montada em um míssil intercontinental.
Seul afirmou que a potência do teste nuclear norte-coreano foi estimada em 50 quilotons, cinco vezes mais que o último teste nuclear realizado por Pyongyang em setembro do ano passado e três vezes mais que a bomba americana que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.
Em julho, a Coreia do Norte testou, duas vezes e com sucesso, um míssil balístico intercontinental (ICBM), o que deixaria o território americano ao alcance de um ataque norte-coreano.
RADIAÇÃO
Também nesta segunda (4), Japão e China não detectaram em seu meio ambiente substâncias radioativas procedentes do teste nuclear norte-coreano.
No domingo (3), os temores de disseminação de substâncias radioativas aumentaram após um segundo tremor registrado após o primeiro, correspondente à explosão, o que foi interpretado como a consequência de um "afundamento" de terra. Com informações da Folhapress.