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Coreia do Norte está implorando por guerra, diz embaixadora dos EUA

'Chegou a hora de esgotarmos todos os meios diplomáticos antes que seja tarde demais. Devemos agora adotar as medidas mais duras possíveis', diz Nikki Haley

Coreia do Norte está implorando por guerra, diz embaixadora dos EUA
Notícias ao Minuto Brasil

14:31 - 04/09/17 por Folhapress

Mundo ONU

Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) convocado após a Coreia do Norte fazer um teste com sua bomba nuclear mais potente até agora, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Halley, afirmou que Coreia do Norte está "implorando por guerra" e instou o conselho a adotar as "mais duras" sanções contra o país.

"Chegou a hora de esgotarmos todos os meios diplomáticos antes que seja tarde demais. Devemos agora adotar as medidas mais duras possíveis", disse Haley.

A embaixadora lembrou que, por mais de 20 anos, o Conselho de Segurança adota medidas restritivas contra o programa nuclear da Coreia do Norte, mas que, apesar dos esforços diplomáticos feitos até agora, ele "está mais avançado e mais perigoso do que nunca".

"As ameaças nucleares [do regime de Kim Jong-un] mostram que ele está implorando por guerra", disse. "Guerra nunca é algo que os Estados Unidos queiram. Não queremos isso agora. Mas a paciência do nosso país não é ilimitada."

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Desde julho de 2006, o Conselho de Segurança já adotou oito rodadas de sanções contra o regime norte-coreano por causa de seu programa nuclear -três delas foram no último ano e meio.

Em 5 de agosto, o órgão aprovou, por unanimidade, as mais duras sanções até agora, vetando as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, minério de ferro, chumbo, minério de chumbo e frutos do mar. O texto também proíbe que sejam feitas novas joint ventures com a Coreia do Norte (ou que se invista mais nas atuais).

A expectativa é de que essas sanções reduzam em até um terço a receita de exportação anual do país, que é de US$ 3 bilhões.

As sanções "mais duras possíveis" pedidas pelos EUA passariam, necessariamente, pelo petróleo, com a possibilidade de proibir a exportação do combustível para o país. Isso impactaria diretamente em setores vitais da economia da Coreia do Norte, como a agricultura.

Para aprovar novas sanções, contudo, é fundamental o apoio da China, que responde por cerca de 90% do comércio exterior de Pyongyang. Até as 12h45 (hora de Brasília), a reunião do Conselho não havia terminado.

No encontro desta segunda (4), o embaixador chinês na ONU, Liu Jieyi, afirmou que a Coreia do Norte deve "parar de tomar ações que são erradas", mas defendeu uma proposta de seu governo com a Rússia (outro membro permanente com direito a veto) de "suspensão por suspensão".

Segundo essa ideia, Pyongyang congelaria seu programa nuclear em troca de os EUA e a Coreia do Sul pararem seus exercícios militares conjuntos.

Momentos antes, Haley havia rejeitado a proposta, que considerou "um insulto". "Quando um regime canalha tem uma arma nuclear e um ICBM [míssil balístico intercontinental, que poderia atingir os EUA] apontados para você, você não baixa a sua guarda. Ninguém faria isso. Nós, certamente, não vamos." Com informações da Folhapress.

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