Após Trump citar 'destruição', Temer defende diplomacia para Pyongyang
Em seu discurso, Trump afirmou que "se os EUA forem forçados a defender a si mesmos ou a seus aliados, não terão outra escolha a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte"
© REUTERS / Eduardo Munoz
Mundo Resposta
Poucas horas depois do discurso de Donald Trump na ONU, o presidente Michel Temer evitou criticar a polêmica declaração do americano de que os EUA podem ter que fazer a escolha de "destruir totalmente" a Coreia do Norte.
"A posição do Brasil é sempre uma posição de conversas, de diplomacia, de soluções diplomáticas", disse Temer, ao ser questionado por jornalistas sobre a fala do presidente americano.
"Evidentemente que sendo uma posição de solução diplomática, nós não podemos também nos manifestar em relação a quem se manifesta aqui nos Estados Unidos", completou, ao chegar para um almoço na residência do embaixador brasileiro na ONU, Mauro Vieira.
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Em seu discurso, Trump afirmou que "se os EUA forem forçados a defender a si mesmos ou a seus aliados, não terão outra escolha a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte".
Temer havia, em seu discurso antes da fala de Trump, criticado o "nacionalismo exacerbado" de alguns países.
Questionado se o recado havia sido dirigido ao colega americano, com quem jantou na segunda (18), Temer disse ter sido uma mensagem contra "todo e qualquer nacionalismo".
"Toda e qualquer exacerbação é desagradável, é condenável. E foi isso o que eu condenei, o nacionalismo é um deles", disse.
Após seu discurso, Temer se reuniu com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi. Sobre as conversas, Temer se limitou a dizer que os dois governos "querem fazer comércio com o Brasil".
À tarde, ele se reúne com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e, na quarta (20), com o presidente do Irã, Hasan Rowhani. Com informações da Folhapress.