Catalunha acusa Espanha de semear 'desordem' na região
Comunidade autônoma fará plebiscito separatista em 1º de outubro
© Albert Gea/Reuters
Mundo Plebiscito
O ministro do Interior da Catalunha, Joaquim Forn, acusou nesta quarta-feira (27) o governo da Espanha de tentar provocar "desordens" para justificar o envio de milhares de policiais à comunidade autônoma, onde deve ocorrer um plebiscito separatista no próximo dia 1º de outubro.
"Eles querem que haja tumultos, e não manifestações pacíficas. Os policiais que eles mandaram vieram com essa vontade evidente", declarou Forn. No entanto, ele convidou a população catalã a manter a calma e a não cair em "provocações".
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O líder do Partido Popular (PP), do primeiro-ministro Mariano Rajoy, no Congresso, Rafael Hernando, alegou "desordens" registradas em Barcelona para justificar o envio dos agentes, mas até o momento não houve episódios de violência em manifestações na capital da Catalunha.
Membros da Polícia Nacional e da Guarda Civil partiram de diversas partes da Espanha para reforçar a segurança na comunidade autônoma durante o plebiscito, que é considerado inconstitucional por Madri. Em algumas regiões da Andaluzia, no sul do país, os agentes foram aclamados por multidões que gritavam "Para cima deles".
A consulta popular do próximo domingo foi convocada pelos partidos soberanistas que governam a Catalunha, porém a Justiça da Espanha ordenou que os próprios Mossos d'Esquadra, nome da força policial da região, interditem os colégios eleitorais e impeçam a realização da votação.
Ao todo, a Catalunha possui cerca de 17 mil "mossos", que respondem à autoridade da comunidade autônoma, mas também estão sob o comando da Procuradoria. Se eles não cumprirem as ordens de interditar os colégios, os agentes enviados por Madri devem entrar em ação, o que pode gerar conflitos entre as duas forças. Com informações da Ansa.