Cuba diz que retirada de diplomatas dos EUA de Havana afetará relações
Decisão de Trump afeta um dos principais legados do governo Obama
© Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Mundo Embaixada
A ministra de Relações Exteriores de Cuba aos Assuntos dos EUA, Josefina Vidal, declarou nesta sexta-feira (29) que a decisão dos Estados Unidos de reduzir o pessoal em sua embaixada de Havana foi precipitada e afetará as relações bilaterais.
O país norte-americano anunciou mais cedo que vai retirar 60% de seus funcionários de sua embaixada em Havana, além de suspender a emissão de vistos para cubanos por tempo indefinido e aconselhar aos americanos a não viajarem para a ilha. A decisão foi tomada por conta de possíveis ataques sônicos terem ferido 21 americanos associados com a representação diplomática.
"Consideramos que a decisão anunciada hoje pelo governo dos EUA através do Departamento de Estado é precipitada e afetará as relações bilaterais", disse Vidal em um programa transmitido pela TV estatal.
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Por outro lado, a ministra afirmou que Cuba quer continuar contando com a cooperação dos Estados Unidos para o esclarecimento dos fatos. Ela reforçou que o governo cubano não é responsável pelos ataques contra os diplomatas.
O governo de Cuba não tem responsabilidade com os fatos que se alegam e cumpre séria e rigorosamente suas obrigações com a Convenção de Viena, no que diz respeito à proteção da integridade de funcionários estrangeiros na ilha e suas famílias."
Como pontuo "O Globo", a decisão do presidente Donald Trump afeta um dos principais legados do governo do ex-presidente Barack Obama. Em dezembro de 2014, Estados Unidos e Cuba retomaram uma nova fase nas relações bilaterais, depois de mais de 50 anos de ruptura.