Egito proíbe que homossexuais apareçam em meios de comunicação
'Homossexualidade é uma doença e uma vergonha e é melhor ocultá-la', diz nota
© Daniel Becerril/Reuters
Mundo Repressão
A partir deste sábado (30), estão proibidas publicações com informações sobre homossexuais nos meios de comunicação do Egito. Apenas casos que mostrem "arrependimento" da conduta podem ser exibidos ao público.
O Conselho Supremo para a Regulação dos Meios de Comunicação do país divulgou um comunicado no qual afirmou que “a homossexualidade é uma doença e uma vergonha e é melhor ocultá-la” e que por isso não deve ser feita “propaganda” até que esta seja “curada e acabada”. Segundo documento, medida tem o objetivo de “preservar a moral e os valores da sociedade”.
O presidente do Conselho, Makram Mohamed Ahmed, disse ainda que o papel dos meios de comunicação é “informar sobre a periculosidade dessa doença" e "advertir sobre suas consequências e não fazer propaganda nem levantar suas bandeiras e lemas”.
+ Coreia do Norte chama Trump de 'velho psicopata'
Há uma semana, um grupo de sete homens foi preso no Egito por exibir uma bandeira com um arco-íris em um show no Cairo. Outros seis homem foram detidos na mesma semana após terem sido flagrados em relações sexuais dentro de um apartamento.
Como cita a "EFE", a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW) exigiram neste sábado (30) o fim da repressão contra os homossexuais.
Contudo, a homossexualidade não é expressamente proibida na legislação egípcia, mas condenações são frequentes no país.