Anistia Internacional denuncia 'caça' a gays no Egito
Homens foram presos após levantarem bandeira LGBT em show
© Daniel Becerril/Reuters
Mundo Repressão
A ONG Anistia Internacional (AI) informou que seis homens egípcios presos por "promover desvios sexuais" e "devassidão" nas redes sociais serão submetidos a exame anal antes do julgamento.
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O anúncio faz parte da denúncia de uma ampla repressão contra a homossexualidade iniciada nos últimos dias no país, quando um grupo de pessoas levantaram uma bandeira com as cores do arco-íris em um show. O momento foi considerado uma rara demonstração de apoio aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), já que o Egito é tido como um país conservador. O episódio ocorreu durante a apresentação da banda libanesa de rock alternativo Mashrou' Leila, cujo vocalista é gay assumido.
Segundo a Anistia Internacional, ao menos 11 pessoas foram detidas e um homem condenado a seis anos de prisão. A organização afirma que as prisões foram resultados de uma campanha realizada pela imprensa local que criticou a atitude dos homossexuais.
Além disso, a denúncia ressalta que a Autoridade de Medicina Forense submeteria os homens a exame anal para determinar se tiveram relações sexuais, o que viola a proibição de tortura e outros maus tratos segundo a lei internacional.
O país não proíbe, de fato, a homossexualidade. No entanto, o Egito é uma sociedade conservadora, onde a discriminação é abundante. Frequentemente, homens gays são presos e acusados de devassidão, imoralidade e blasfêmia. Com informações da ANSA.