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Passa de 230 número de mortos em atentado na capital da Somália

Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas no ataque

Passa de 230 número de mortos em atentado na capital da Somália
Notícias ao Minuto Brasil

14:47 - 15/10/17 por Folhapress

Mundo Tragédia

Um caminhão-bomba explodiu em uma área movimentada e próxima ao Ministério de Relações Exteriores em Mogadício, capital da Somália, no sábado (14). Dezenas de prédios foram afetados e vários veículos pegaram fogo.

Algumas horas depois, uma segunda explosão foi registrada no bairro de Medina.

Até o momento, 230 mortes foram confirmadas e cerca de 200 pessoas ficaram feridas.

Na noite de sábado para domingo (15), equipes de resgate com tochas procuraram sobreviventes nos escombros do Hotel Safari, próximo de onde a primeira bomba explodiu. O muro e os portões de ferro do hotel foram completamente destruídos.

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Nenhum grupo reivindicou o ataque, mas o governo somali, que é respaldado pela comunidade internacional, culpou os rebeldes shebaab, embrião da Al-Qaeda, que executam com frequência ataques suicidas na capital em sua luta contra o governo.

Os shebaab foram expulsos da capital da Somália há seis anos por tropas somalis e da União Africana. Com o passar dos anos, perderam o controle das principais cidades do sul da Somália.

Mas os rebeldes continuam controlando as zonas rurais e executam ataques contra os militares, o governo e alvos civis, assim como ataques terroristas no Quênia.

O governo chamou o episódio de "desastre nacional".

"Eles não se importam com as vidas do povo somali, de mães, pais e crianças", disse o primeiro-ministro Hassan Ali Khaire. "Eles atacaram a área mais populosa de Mogadício, matando apenas civis".

O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmaajo, declarou três dias de luto nacional e pediu à população que doasse sangue para o tratamento dos feridos.

"O hospital está sobrecarregado tanto com os feridos quanto com os mortos. Nós recebemos pessoas que perderam membros na explosão. É realmente terrível, algo diferente de tudo que já vivemos" disse o Dr. Mohamed Yusuf, diretor do hospital de Medina.

As explosões aconteceram dois dias depois das renúncias do ministro da Defesa e do comandante do Exército, que não explicaram seus motivos para deixarem os cargos. Com informações da Folhapress.

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