Corte condena Itália por 'tortura' contra manifestantes
Repressão a manifestantes na cúpula do G8 em Gênova, em julho de 2001, foi considerada criminosa
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Mundo Justiça
A Corte Europeia dos Direitos Humanos, sediada em Estrasburgo, na França, condenou a Itália nesta quinta-feira (26) pelo crime de "tortura" na repressão a manifestantes que protestavam contra uma cúpula do G8 em Gênova, em julho de 2001.
Segundo o tribunal, cada uma das pessoas vitimadas pela ação das forças de ordem italianas tem direito de receber indenizações que vão de 10 mil a 85 mil euros. Além disso, a decisão critica o país por não ter conduzido um inquérito eficaz para apurar os fatos de 16 anos atrás.
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Essa já é a terceira sentença da Corte Europeia dos Direitos Humanos por causa da repressão a manifestantes no G8. Nas duas primeiras, emitidas em abril de 2016 e junho de 2017, o tribunal cobrava a aprovação de leis para punir eventuais atos de tortura cometidos pelas forças de segurança.
No mês seguinte à segunda decisão, o Parlamento chancelou um projeto que introduziu o crime de tortura na legislação italiana, com penas de quatro a 10 anos de prisão para cidadãos comuns e de até 12 anos para agentes do Estado.
A ação da polícia contra os manifestantes anti-G8 deixou uma pessoa morta, enquanto outras dezenas foram torturadas dentro de uma escola. Com informações da Ansa.