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Em discurso, premier espanhol diz que destituirá líder catalão

Pronunciamento ocorreu na abertura de sessão do Senado

Em discurso, premier espanhol diz que destituirá líder catalão
Notícias ao Minuto Brasil

08:47 - 27/10/17 por ANSA

Mundo Notícias

O premier espanhol, Mariano Rajoy, fez um duro discurso contra as lideranças da Catalunha na abertura dos trabalhos do Senado nesta sexta-feira (27).

O primeiro-ministro confirmou que espera que os senadores aprovem a implementação inédita do artigo 155, que retirará temporariamente a autonomia da Catalunha, nesta sexta e que destituirá o presidente da região, Carles Puigdemont, após a aprovação do documento.

O líder espanhol ainda previu que a convocação de novas eleições ocorrerá em até seis meses, o "mais rápido possível", depois que o comissariamento for implantado. "A ativação do artigo 155 da Constituição é uma decisão excepcional para uma situação excepcional. Não há alternativa", disse aos senadores.

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Segundo Rajoy, o único responsável pela maior crise política das últimas décadas na Espanha é "ele, e somente ele", referindo-se a Puigdemont.

O discurso do premier ocorre em um momento tenso no país já que, também para hoje é esperado que o Parlamento catalão anuncie uma declaração de República, agravando ainda mais a crise.

Ontem (26), Puigdemont reconheceu que chegou a pensar em convocar uma nova eleição para a Catalunha para amenizar a tensão, mas informou que não houve "garantia suficiente" do governo de Madri para a realização do pleito.

A crise com os defensores da independência regional se agravou com a realização de um referendo separatista no dia 1º de outubro. De acordo com o governo catalão, mais de 90% dos votantes aprovou a separação. No entanto, todas as instâncias judiciais de Madri consideraram a votação ilegal e informaram que o referendo não tem nenhum efeito.

Desde então, a queda de braço entre os líderes de ambos os lados se intensificou com situações que foram desde trocas públicas de ameaças até a prisão de diversas pessoas que ajudaram a organizar o referendo. Com informações da ANSA. 

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