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Nas últimas horas, se intensificaram os rumores de que o ex-presidente do governo catalão pedirá asilo político à Bélgica. Carles Puigdemont viajou para Bruxelas com cinco ex-membros do governo regional da Catalunha exatamente no dia em que o procurador-geral confirmou que serão julgados por rebelião, sedição e fraude.
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A informação de que Puigdemont, Meritxell Borràs, Toni Comín, Joaquim Forn, Dolors Bassa e Meritxell Serret se preparam para pedir asilo na Bélgica é repercutida por vários jornais espanhóis. O El Periódico informa ainda que o ex-presidente da Generalitat já tem um advogado, Paul Beckaert, especializado em direitos humanos.
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A confirmação do advogado à Reuters de que representa legalmente Puigdemont foi noticiada pelo La Vanguardia e pelo El Mundo - que descreve-o como o “homem que nas últimas décadas defendeu vários membros do grupo terrorista ETA residentes na Bélgica, e impediu que fossem extraditados”.
Ainda que tenha admitido ser o advogado de Puigdemont, Paul Beckaert afirmou à imprensa que “não está ainda decidido” se haverá algum pedido de asilo. As especulações começaram depois que o secretário de Estado belga para as Migrações e Asilo, Theo Francken, do partido independentista flamenco N-Va, declarou, neste domingo, que Carles Puigdemont poderia solicitar "asilo político" na Bélgica.
A cadeia de televisão pública flamenca VRT News lembrou que o secretário de Estado já havia indicado anteriormente que a Bélgica poderia ser uma saída para Puigdemont, em caso de risco de prisão. E destacou ainda que, como membro da União Europeia, Puigdemont pode pedir asilo na Bélgica, mas informa ainda que o país não iria desenrolar o tapete de "boas-vindas". Tais declarações valeram a Francken uma 'reprimenda' de Charles Michel, primeiro-ministro do país, que lhe pediu para "não jogar lenha na fogueira".