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Submarino americano vai ajudar na busca por embarcação argentina

Objetivo é recuperar a embarcação ou o que tenha sobrado dela

Submarino americano vai ajudar na busca por embarcação argentina
Notícias ao Minuto Brasil

15:28 - 24/11/17 por Folhapress

Mundo Cooperação

O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, lamentou nesta sexta-feira (24) a falta de notícias sobre o submarino ARA San Juan, desaparecido há nove dias.

"Gostaríamos de dar melhores notícias. Mas é preciso ser prudentes por respeito aos familiares e à verdade", disse. "Até o momento, não se pôde detectar o submarino."

+ ARA San Juan: conheça alguns dos tripulantes do submarino argentino

Balbi também falou sobre a desastrosa reunião da Marinha com familiares dos tripulantes, na quinta-feira (23), em Mar del Plata.

Um porta-voz não conseguiu terminar de ler um comunicado para os parentes que, ao serem informados sobre uma explosão ligada ao desaparecimento do San Juan, se revoltaram e iniciaram um quebra-quebra na Base Naval.

Os familiares se queixaram de que as autoridades disseram tudo, menos que os tripulantes haviam morrido.

"[O comunicado] Parecia ser muito técnico e pouco humano. Mas era o mais profissional que podemos ser", afirmou Balbi. "Até que encontremos o submarino não podemos dizer aos familiares qualquer outra coisa além de fatos concretos."

O porta-voz afirmou que, se tiver cometido erros, "a Marinha não vai hesitar em pedir desculpas".

Um minissubmarino americano de resgate está sendo enviado à área de buscas do submarino ARA San Juan com o objetivo de recuperar a embarcação ou o que tenha sobrado dela.

"A melhor tecnologia hoje quem tem para resgate de tripulantes de submarino acidentados são os EUA", afirmou Balbi, que não apresentou alternativas de resgate ou operações.

O equipamento americano, porém, só tem alcance de 610 metros de profundidade. Se o San Juan estiver em profundidade maior do que esta, um eventual resgate não será possível.

"A melhor tecnologia hoje quem tem são os EUA", afirmou Balbi, que não apresentou alternativas de resgate ou operações.A preparação do minissubmarino, da empresa norte-americana Total, ocorre na cidade de Comodoro Rivadavia (sul).

Além disso, a Rússia se soma às operações a partir deste sábado com um avião Antonov AN-124, conhecido como o maior avião do mundo, e um submarino teledirigido Pantera Plus.

CRISE INSTITUCIONAL

O porta-voz evitou tratar de especulações de que o comando da Marinha seria substituído por causa de tensões com o poder Executivo em torno do caso, conforme noticiou nesta sexta o jornal argentino "Clarín".

"Não me consta que haja fricções com o governo", afirmou Balbi.

Segundo o porta-voz, desde o começo a Marinha manejou a crise em coordenação com o Ministério da Defesa.

DESAPARECIMENTO

O submarino argentino ARA San Juan, com 44 tripulantes, está desaparecido desde o último dia 15. A embarcação estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina a cerca de 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país). Ele se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.

O San Juan, de propulsão que combina motores a diesel (para uso na superfície) e elétrico (quando submerso), é uma arma de patrulha e ataque com torpedos.

Ele é um dos três submarinos à disposição de Buenos Aires. Ele faz parte da classe TR-1700, construída pela Alemanha a pedido da Argentina. Dois dos seis barcos desse modelo foram entregues, mas o programa não foi adiante. A embarcação irmã do San Juan, o Santa Cruz, está em atividade.

O San Juan foi completado em 1985, e passou por uma longa revisão para lhe dar mais 30 anos de vida útil que acabou em 2013. A Marinha argentina, como suas Forças Armadas de forma geral, passam por um processo de degradação acelerada há muitos anos. Possui 11 navios principais de superfície, 3 submarinos, 16 embarcações de patrulha costeira, entre outros.A circunstância evoca uma tragédia ocorrida no ano 2000, quando o submarino nuclear russo Kursk sofreu uma explosão no seu compartimento de armas e afundou no mar de Barents -os 118 tripulantes morreram, muitos por asfixia. Com informações da Folhapress.

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