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Premiê israelense diz que não vai 'ouvir sermão' turco sobre Jerusalém

'Não estou acostumado a receber sermões sobre moralidade de um líder que lança bombas em vilarejos curdos na Turquia', disse Benjamin Netanyahu

Premiê israelense diz que não vai 'ouvir sermão' turco sobre Jerusalém
Notícias ao Minuto Brasil

18:03 - 10/12/17 por Folhapress

Mundo Conflito

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (10) que não ouviria sermões do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, após ter sido criticado pelo líder turco durante o final de semana.

"O Senhor Erdogan atacou Israel. Não estou acostumado a receber sermões sobre moralidade de um líder que lança bombas em vilarejos curdos na Turquia, que aprisiona jornalistas, auxilia o Irã a se desvencilhar de sanções internacionais e que ajuda terroristas, incluindo em Gaza, a matar pessoas inocentes", declarou Netanyahu durante uma coletiva de imprensa com o presidente da França, Emmanuel Macron.

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Mais cedo, Erdogan afirmou que decisões tomadas durante a próxima reunião da Organização de Cooperação Islâmica (OIC, na sigla em inglês) mostrarão que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos Estados Unidos não será fácil de implementar.

Um porta-voz de Erdogan anunciou na quarta-feira que a OIC fará uma reunião urgente na Turquia em 13 de dezembro para coordenar uma resposta à decisão dos Estados Unidos.

A OIC, criada em 1969, consiste em 57 Estados-membro com maioria muçulmana ou uma grande população muçulmana. "Nós explicamos a nossos interlocutores que a decisão dos Estados Unidos não segue as leis, diplomacia ou humanidade internacionais", disse Erdogan.

"Com a rota que criaremos durante a reunião da OIC, mostraremos que a decisão são será facilmente implementada", disse ele, acrescentando que a Turquia considera nulo o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Jerusalém.

Na última quarta (6), o presidente americano, Donald Trump, anunciou que os EUA passariam a reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, revertendo quase sete décadas de política externa americana. Ele determinou ainda o início dos preparativos para a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a cidade.

A decisão gerou protestos palestinos. O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou, em resposta, que Jerusalém é a "eterna capital do Estado da Palestina". Com informações da Folhapress.

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