Líder turco pede reconhecimento de Jerusalém como centro da Palestina
Recep Tayyip Erdogan chamou Israel de Estado de "ocupação e terror"
© REUTERS/Kacper Pempel
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chamou Israel de Estado de "ocupação e terror" durante discurso de abertura da Cúpula da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em Istambul nesta quarta-feira (13). Ele propôs também reconhecer Jerusalém como capital da Palestina.
"Israel é um país de ocupação e terror. O governo israelense tortura pessoas desarmadas", disse o presidente mostrando a foto de um adolescente palestino com olhos fechados, cercado por militares de Israel.
+ Universal 'sujou' mãe dos netos de Edir Macedo para que fossem adotados
"Destruindo as normas internacionais, os EUA reconheceram Jerusalém como a capital de Israel. Basta dar alguns passos na cidade para perceber que Jerusalém se encontra ocupada. Israel é um Estado terrorista. Os terroristas-militares jogam crianças em prisões. Estou apelando para reconhecer Jerusalém como capital do Estado ocupado da Palestina", declarou Erdogan.
No dia 6 de dezembro, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que seu país reconhece a cidade de Jerusalém como capital de Israel. Em 1980, Israel declarou Jerusalém sua capital "única e indivisível", incluindo a parte oriental da cidade, ocupada em 1967 depois do fim da Guerra dos Seis Dias. Os palestinos, por sua vez, consideram Jerusalém Oriental como a capital de seu país.
+ Estado Islâmico ameaça Trump e Netanyahu: “Vamos derramar sangue"
O status da cidade se tornou um dos problemas centrais do conflito palestino-israelense, que deveria ser resolvido juntamente com os palestinos. Por isso, todas as embaixadas estrangeiras em Israel se encontram em Tel Aviv.
O líder norte-americano, porém, já autorizou a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém. A declaração provocou e continua provocando enormes protestos entre os palestinos.