© REUTERS / Andres Martinez Casares
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro anunciou, nesta terça-feira (19), que pondera cortar as ligações marítimas e aéreas com as ilhas vizinhas de Aruba, Bonaire e Curaçau, para conter o suposto contrabando a que atribui a escassez de bens essenciais. "Tenho pensado em cortar todas as vias de comunicação, de comercialização de todo o tipo, aéreas e marítimas com Aruba, Curaçau e Bonaire a qualquer momento. Tenho pensado seriamente porque as máfias levam tudo: óleo, pneus, shampoo, comida - tudo", afirmou.
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No momento da declaração, Maduro estava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, em reunião especial do Conselho Federal de Governo na qual participaram os governadores e presidentes de câmaras municipais. O ato era transmitido ao vivo e de forma obrigatória pelas rádios e televisões do país.
Nicolás Maduro acusou as máfias de levarem tudo para essas três ilhas vizinhas, mas também para as cidades colombianas de Cúcuta e Maicao, que fazem fronteira com os estados venezuelanos de Táchira e Zúlia, respectivamente.
A Venezuela encerrou, várias vezes, desde 2014, as fronteiras com a Colômbia e o Brasil, justificando ser motivado pelo contrabando de combustível e de bens de primeira necessidade. Em dezembro de 2016, voltou a fazê-lo para evitar o contrabando de notas, as quais estariam a ser desviadas por máfias que procuravam desestabilizar a economia venezuelana, segundo o Governo. Na Venezuela, são frequentes as queixas da população diante de dificuldades em conseguir produtos da cesta básica alimentar e medicamentos, que escasseiam no mercado local. Com informações da Lusa.