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Ativista chinês é condenado a oito anos de prisão por subversão

Wu Gan, conhecido por denunciar injustiças, foi condenado a oito anos de prisão por subversão contra o Estado

Ativista chinês é condenado a oito anos de prisão por subversão
Notícias ao Minuto Brasil

07:54 - 26/12/17 por Lusa

Mundo tribunal

O Tribunal Popular Intermediário n.º 2 de Tianjin, cidade situada a cerca de 200 quilômetros de Pequim, declarou Wu Gan culpado de subversão contra o Estado e anunciou a sentença de oito anos de prisão.

Conhecido na Internet pelo nome 'Super Carniceiro Vulgar', Wu vai recorrer da sentença, anunciou o advogado Ge Yongxi.

Depois da leitura da sentença, o ativista disse "estar grato ao partido por lhe conceder tão sublime honra", acrescentou o advogado.

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"Vou me manter fiel à nossa aspiração original, arregaçar as mangas e fazer um esforço extra", afirmou Wu, usando as frases mais conhecidas do Presidente chinês, Xi Jinping, quando pede aos membros do Partido Comunista Chinês para melhorarem o seu trabalho.

O julgamento de Wu Gan começou em 14 de agosto deste ano. Wu Gan foi detido pela primeira vez em maio de 2015, após um protesto em Nachang (sudeste) contra a detenção e tortura de quatro homens que as autoridades queriam que admitissem um crime. Os quatro foram absolvidos no ano passado. A última detenção do ativista teria ocorrido em agosto de 2016, altura em que ele declarou ter sido torturado pelas autoridades do país.

O ativista também trabalhou como assistente administrativo da firma de advogados Fengrui em Pequim, conhecida por trabalhar em casos sensíveis, como por exemplo, na defesa das vítimas do leite em pó contaminado com melamina, em 2008.

A firma acabou por se tornar central na campanha das autoridades contra advogados e ativistas dos direitos humanos, em julho de 2015, durante a qual foram detidas e interrogadas cerca de 300 pessoas. Muitas foram libertadas posteriormente.

Wu tornou-se conhecido em 2009 quando denunciou o caso de uma jovem, Deng Yujiao, que matou um político local que tentou abusar sexualmente dela.

O caso tornou-se muito midiático e inspirou parte do filme "Um Toque de Violência" do realizador chinês Jia Zhangke, cujo argumento foi premiado no Festival de Cannes de 2013.

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