Brasileiro preso em Caracas pode ser caso de arbitrariedade, diz jornal
O governo venezuelano afirma que o brasileiro usava a ONG Time to Change, onde trabalhava, como fachada promover atividades contra o governo nas redes sociais e nas ruas
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Mundo Venezuela
No dia seguinte a prisão do brasileiro brasileiro Jonatan Moisés Diniz, 31 anos, na Venezuela, a família e o consulado do Brasil em Caracas, tentam acompanhar a situação. Ambos alegam dificuldade, por falta de informações. Nesta quinta-feira (28), o Ministério das Relações Exteriores informou estar ciente do caso.
Segundo a reportagem do 'O Globo', a mãe do brasileiro, Renata Diniz, de 60 anos, disse que o filho estava no país para ajudar crianças carentes. Já o governo venezuelano afirma que o brasileiro usava a ONG Time to Change, onde trabalhava, como fachada promover atividades contra o governo nas redes sociais e nas ruas.
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O jornal 'O Globo' levanta a hipótese de que o caso de Jonatan poderia ser mais um de prisão arbitrária: no momento, há 268 presos políticos no país. Ainda de acordo com a apuração do periódico, analistas, juristas e representantes de ONGs locais, entrevistados pelo 'O Globo', afirmam que, na maioria dos casos, são veiculadas informações falsas ou, no mínimo, exageradas.
Na operação em que o brasileiro foi preso, policiais apreenderam 40 camisetas e bonés de cor vermelhas, identificadas com o nome da ONG. O Governo também acusou a ONG em que o brasileiro trabalhava de entregar alimentos e itens básicos a moradores de rua para, na verdade, obter financiamento em moeda nacional e estrangeira para grupos que o governo classifica como terroristas.