Um líder chavista disse na quarta-feira (27) que o governo venezuelano prendeu um brasileiro que trabalharia para "uma organização criminosa com tentáculos internacionais".

A informação foi divulgada por Diosdado Cabello, vice-presidente do partido do ditador Nicolás Maduro, em seu programa de TV. Segundo ele, Jonathan Moisés Diniz, nascido em Santa Catarina, teria sido preso no Estado de Vargas por sua ligação com uma ONG que Caracas considera que apoia atos terroristas.

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Foram detidos também outros três venezuelanos que teriam auxiliado o brasileiro. O governo venezuelano ainda não comentou o caso.

A família de Diniz já avisou o Ministério de Relações Exteriores do Brasil sobre o caso. A reportagem apurou que a pasta aguarda uma posição oficial da Venezuela para saber qual serão os próximos passos a serem tomados.

Em suas contas nas redes sociais, Jonathan Diniz diz morar em Los Angeles e faz campanha por doações que seriam usadas para ajudar crianças venezuelanas. Ele diz ser diretor da ONG "Time to Change Earth", que teria como objetivo ajudar os venezuelanos -o país passa por uma crise humanitária.De acordo com Cabello, a ONG usava seu trabalho social como fachada para obter "financiamento em moeda nacional e estrangeira".

"Já sabemos de ações semelhantes feitas pela CIA [a agência de inteligência americana] em outros países em outras ocasiões, usando uma ONG de fachada para procurar detectar objetivos estratégicos" disse Cabello. "Alerta com este tipo de ações de cunho social".

Segundo o venezuelano, é muito raro moradores dos Estados Unidos fazerem trabalho social na Venezuela e isso aumentou a desconfiança das autoridades.

Ele afirmou ainda que a "Time to Change" e outra ONG da qual Diniz faria parte, a "Warrior of Angels", teriam feito propaganda de "atos terroristas praticados na Venezuela entre abril e julho de 2017". Cabello não especificou quais seriam esses atos.

A única referência sobre a "Time to Change" na internet é a própria página de Diniz. A "Warrior of Angels" não é citada por ele em nenhum momento. Com informações da Folhapress.