Merkel e SPD avançam negociação e concordam em mudar imposto
Medida é mais um passo nas conversas para montar um novo governo
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Mundo Alemanha
A primeira ministra alemã Angela Merkel e seus aliados chegaram a um acordo com o SPD (Partido Social Democrata) para diminuir o imposto cobrado sobre os mais ricos.
A medida é mais um passo nas conversas entre a CDU (União Cristã-Democrata), sigla da chanceler, e o SPD na tentativa de montar um novo governo da Alemanha.
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Atualmente no país quem recebe a partir de 53.700 euros (R$ 208 mil) por ano é enquadrado na faixa mais alta do imposto, pagando uma taxa de 42%. A proposta aumenta este valor para quem ganha até 60 mil euros (R$ 232 mil) anuais.
A ideia foi uma promessa eleitoral de Merkel e o acordo com o SPD foi a primeira vitória da chanceler na nova rodada de negociações para a formação de um novo governo.
Os dois partidos, que governam juntos o país desde 2013, começaram em dezembro a debater uma nova união pelos próximos quatro anos.
As conversas começaram depois que a negociação entre a CDU e dois partidos menores, a liberal FDP e os Verdes, terminou sem acordo. Embora tenha sido a mais votada, a sigla de Merkel não conquistou cadeiras suficientes para governar sozinha e precisa montar uma coalizão.
Logo após a eleição em setembro, o líder do SPD Martin Schulz descartou a possibilidade de se unir novamente a Merkel. Apesar de ter o pior resultado eleitoral de sua história, os sociais-democratas se mantiveram como a segunda maior força do Parlamento.
Após as primeiras negociações de Merkel não darem certo, porém, Schulz voltou atrás e recomendou a seus aliados que apoiassem as conversas com a CDU para a criação de uma grande coalizão.
Os dois lados começaram neste domingo (7) um período de cinco dias nos quais vão negociar a nova coalizão - o acordo sobre os impostos é a primeiro resultado dessas conversas.
"Ontem [domingo] nós trabalhamos de modo muito realístico e fomos bem. Todos sabemos das limitações fiscais e estamos otimistas", disse Julia Kloeckner, da CDU.
Apesar do avanço, um acordo entre as siglas ainda deve demorar, já que os dois lados ainda têm discordâncias em outros temas. Com informações da Folhapress.