Guerra entre Iraque e EI retirou 1,3 milhão de crianças de casa
A ONU denuncia ainda que "a persistente violência prejudica esforços para aliviar o sofrimento delas"
© REUTERS/Ahmed Saad
Mundo Denúncia
Cerca de 1,3 milhão de crianças foram retiradas das próprias casas nos três anos de conflito armado entre o Iraque e o Estado Islâmico. O número, que é metade dos 2,6 milhões de pessoas deslocadas pela guerra, está no relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira (19). A ONU denuncia ainda que "a persistente violência prejudica esforços para aliviar o sofrimento delas", publicou a Reuters.
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Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também revelam que a reconstrução das cidades e lares destruídos ainda é difícil. Para a Univef, mesmo com o declarado fim da guerra, pelo governo de Bagdá, em dezembro, bombardeios e tiroteios ainda ocorrem nas regiões que estariam livres do Estado Islâmico.
"Há cerca de 4 milhões de crianças atualmente em dificuldade no Iraque", disse Peter Hawkins, representante-chefe da Unicef no país. Segundo ele, a situação é resultado deste conflito, da falta de investimento durante os anos, e da pobreza.
"A violência não está somente matando e mutilando crianças; está destruindo escolas, hospitais, casas e ruas. Está destruindo uma diversificada malha social e a cultura de tolerância que mantém comunidades juntas", detalhou o diretor regional da Unicef Geert Cappelaere, em comunicado. Os filhos de supostos militantes do grupo extremista, que se encontram detidas, também recebe ajuda da Unicef. Além de conforto e auxílio jurídico, o Fundo tenta reunir as famílias.