Óscar Pérez morreu com tiro na cabeça, diz certidão
Não apenas a certidão de óbito do piloto rebelde como a de mais cinco pessoas traziam a mesma causa de morte
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Mundo Venezuela
A certidão de óbito do militar rebelde Óscar Pérez, morto na última semana durante uma ação das tropas de segurança da Venezuela, revelou que a sua morte foi provocada por um tiro na cabeça. A partir do documento entregue pela família do rebelde, uma deputada opositora ao governo de Nicolás Maduro, Delsa Solorzano, indicou a possibilidade de execução do piloto e de pelo menos cinco dos seus acompanhantes.
Segundo informações do jornal O Globo, o documento oficial divulgado pela imprensa venezuelana também informou que Oscar sofreu um "traumatismo cranioencefálico severo (...), ferida por arma de fogo disparado a cabeça".
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As autoridades do país não comentaram a causa da morte do rebelde e de outras seis vítimas - entre elas uma mulher - durante a operação realizada em El Junquito, na última segunda-feira (15). O piloto estava escondido nesse bairro, situado à zona oeste da capital.
"Há um padrão que anuncia a possibilidade de uma execução", declarou à Associated Press Delsa Solorzano, no sábado (20). A presidente da comissão parlamentar que acompanha o caso reforça que não apenas a certidão de óbito de Pérez como a de mais cinco pessoas, entre as seis vítimas que acompanhavam o militar, traziam a mesma causa de morte: "um disparo na cabeça".
Ainda segundo a reportagem, a Anistia Internacional e outras organizações humanitárias se pronunciaram contra as operações realizadas, tratando do tema como uma "execução extrajudicial", sobretudo diante da anunciada rendição das vítimas quando foram descobertas pelas autoridades locais. Outra suspeita relacionada ao caso, conforme destaca a AP, é o fato do corpo de Oscar Pérez ter sido levado a um cemitério ao leste de Caracas para ser enterrado sem a autorização da família.