A agência sismológica das Filipinas elevou nesta segunda-feira (22) o nível de alerta em relação ao vulcão Mayon, depois de expulsar uma grande nuvem de cinza, e perante a ameaça de uma erupção maior nas próximas horas ou dias. A coluna de cinza e fumo, com cerca de 10 quilômetros, é visível na zona que circunda o vulcão, a uns 250 quilômetros a sudeste de Manila.

Um porta-voz da agência, citado pela agência espanhola Efe, indicou que o alerta foi elevado para o quarto nível - em uma escala de cinco -, o que implica uma possível erupção perigosa nas próximas horas ou dias.

+ Explosão de bomba mata 3 e fere 18 em mercado na Tailândia

Mais de 26 mil pessoas foram retiradas das suas casas e estão abrigadas em centros de acolhimento na região. "O vulcão Mayon, na província de Albay, teve um incremento da atividade sísmica, expulsão de lava e explosões", informa a agência em um boletim informativo.

"A zona de perigo se estende a um raio de oito quilômetros desde o centro do vulcão. Aconselhamos o público a ser cauteloso e não tentar entrar na zona de perigo", acrescentam as autoridades, que também referiram o perigo para a aviação.

Na semana passada, as autoridades elevaram o nível de alerta para três (crítico), depois de o Mayon expulsar nuvens de fumo, e, nos dias seguintes, rios de lava que alcançaram três quilômetros de comprimento.

A atividade do Mayon causou receios que se repita a trágica explosão do Pinatubo (noroeste de Manila) em 1991, considerada a segunda maior do mundo no século XX. O fenômeno causou cerca de 850 mortos e mais de 1,3 milhões de deslocados, além de uma capa global de ácido sulfnarico que causou danos à atmosfera. Especialistas da agência filipina descartaram que o Mayon possa causar uma erupção tão potente como a do Pinatubo.

As Filipinas, com 23 vulcões ativos, estão situadas na zona de intensidade sísmica conhecida como o "Anel de Fogo" do Pacífico, que se estende desde a costa oeste do continente americano até à Nova Zelândia, passando pelo Japão e Indonésia, entre outros países. Com informações da Lusa.