Economias africanas não produzem empregos suficientes para jovens
Os jovens africanos têm dificuldades em encontrar bons empregos, informa um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado hoje (12). De acordo com o documento, o crescimento da economia não acompanha o ritmo de formação dos jovens e, mesmo os mais qualificados, têm problemas para se firmar no mercado de trabalho. Os jovens do continente com menos educação e qualificação, consequentemente, estão ainda em maior desvantagem para conseguir bons salários e um emprego estável.
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"Quanto menos educação tiverem, mais provavelmente estarão empregados por conta própria ou aceitarão menores salários. Em todos os países onde foi feita a sondagem, com exceção do Malaui, o jovem com o mais baixo nível de educação é o que mais dificuldade tem em ser empregado", lê-se no relatório.
As sondagens foram feitas entre jovens de 15 a 29 anos no Benin, na Libéria, em Madagáscar, no Malaui, na Tanzânia, em Togo, em Uganda e na Zâmbia.
"Para milhões de jovens na África subsaariana, até para os mais educados, um emprego estável e bem pago continua a ser um sonho impossível. A informalidade e a vulnerabilidade no emprego são a realidade para a grande maioria da força de trabalho jovem na região", de acordo com estudo da OIT.
A OIT apresenta também algumas recomendações, a começar pela implementação de políticas macroeconômicas que promovam o crescimento do emprego, especialmente no setor agrícola, passando pelo combate à evasão escolar e por uma sensibilização dos empregadores para garantirem trabalho e salários decentes para os jovens.
* Com informações da Agência Lusa