Le Pen é condenado por minimizar genocídio judeu
Político teria afirmado que câmaras de gás são "detalhes da Segunda Guerra"
© REUTERS/Gonzalo Fuentes
Mundo Multa
Jean-Marie Le Pen, fundador do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), vai ter que pagar uma multa de 30 mil euros (R$ 120 mil) por ter afirmado que câmaras de gás são "detalhes da Segunda Guerra". A decisão foi anunciada nesta terça-feira (27) pela mais alta jurisdição francesa, a Corte de Cassação, que entendeu a declaração do político como uma relativização da morte de milhares de judeus. A sentença não cabe mais recurso.
Conforme relata a agência France Press, Le Pen já havia afirmado algo semelhante em 1987, mas voltou a se pronunciar sobre o tema em abril de 2015. Em 1 de março de 2017 foi pronunciada a primeira sentença pela Corte de Apelação de Paris, mas o caso foi levado ao Tribunal Superior, que rejeitou o recurso de Jean-Marie Le Pen contra a sua condenação.
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Devido aos comentários de minimização do genocídio judeu, o político chegou a ser criticado publicamente pela filha, Marine Le Pen, que sucedeu o pai no comando do partido Frente Nacional após a sua suspensão, seguida de exclusão do partido.