Ex-espião russo teria sido envenenado ao sair de casa
Substância teria sido colocada na maçaneta da porta de entrada
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Mundo Caso
O ex-espião russo Serghei Skripal, alvo de uma tentativa de homicídio que as potências ocidentais atribuem a Moscou, teria sido envenenado com um agente químico ao tocar na maçaneta da porta de entrada de sua casa, em Salisbury, Reino Unido.
A hipótese é da polícia britânica, que disse que havia uma grande concentração da substância na porta da frente da residência, o que teria causado a contaminação de Skripal e sua filha, Yulia. Ambos foram encontrados desacordados em um banco em Salisbury no início de março e permanecem internados em estado grave.
+ Mais de 100 diplomatas russos são expulsos ao redor do mundo
Se confirmada, a teoria afasta a hipótese de que o agente nervoso estivesse na mala levada por Yulia em sua viagem entre Moscou e Londres ou no sistema de ventilação do carro usado pelo ex-espião. No entanto, a polícia também informou que o inquérito continua, agora focado nos arredores da casa de Skripal.
Neste momento, o risco de contaminação para os habitantes de Salisbury é "baixo". O envenenamento do ex-espião, que atuava como agente duplo para os serviços secretos de Moscou e Londres, culminou na expulsão de mais de 100 diplomatas russos por quase 30 países, incluindo Estados Unidos, Itália, França, Alemanha e o próprio Reino Unido.
O último a aderir à retaliação foi a Bélgica, enquanto nações com menos peso político, como Eslováquia, Malta e Luxemburgo, convocaram seus embaixadores na Rússia para consultas.
"Depois da anexação da Crimeia, da intervenção em Donbass [região ucraniana alvo de conflitos separatistas], do abatimento do voo MH17, dos ataques cibernéticos, da tentativa de golpe em Montenegro, da cobertura aos ataques químicos na Síria, dos hackers contra o Bundestag [Parlamento da Alemanha] e das interferências em eleições, muitos países já experimentaram o comportamento destrutivo e maligno do Estado russo", acusou o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson. Com informações da ANSA.