© REUTERS/Edgard Garrido
A Nobel da Paz Malala Yousafzai declarou, nesta quinta-feira (29), estar feliz por voltar ao Paquistão pela primeira vez desde 2012, quando deixou o país após ter sido baleada na cabeça. O atentado contra ela foi uma retaliação de talibãs ao fato de ela defender a educação de meninas. "Estou muito feliz. Nem consigo acreditar que estou aqui", declarou comovida num breve discurso na residência do primeiro-ministro, Shahid Khagan Abbasi, em Islamabad, algumas horas depois de chegar de surpresa ao Paquistão.
PUB
+ Incêndio deixa dezenas de mortos em prisão na Venezuela
"Nos últimos cinco anos sonhei sempre poder voltar ao meu país", adiantou, tendo prometido que continuará a fazer campanha pela educação das raparigas e pedido aos paquistaneses que se unam em questões como os cuidados de saúde e a educação.
O premiê elogiou a militante dos direitos das mulheres que "fez muito pelo nome do Paquistão" e que será respeitada no país, como foi no resto do mundo.
A jovem de 20 anos, que estuda em Oxford, chegou à capital do Afeganistão, Islamabad, acompanhada pelos pais e sob fortes medidas de segurança. A visita dela deve durar quatro dias e o itinerário não foi divulgado "por razões de segurança", indicaram as autoridades. Ainda não se sabe Malala visitará o distrito de Shangla, onde nasceu, ou à cidade de Mingora, onde ocorreu o atentado, ambos no vale de Swat, no Noroeste.
Malala saiu do Paquistão entre a vida e a morte após ser baleada quando voltava da escola. Hospitalizada na Inglaterra, onde vive, se tornou um ícone dos direitos das meninas à educação, o que lhe rendeu o prêmio Nobel da Paz em 2014, em conjunto com o indiano Kailash Satyarthi.