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Vladimir Putin assina lei de anexação da Crimeia

Depois de as duas Câmaras do Parlamento russo ratificarem o tratado, o presidente Vladimir Putin assinou hoje (21) a lei de anexação da Crimeia à Rússia, tornando-a, oficialmente, parte de seu território. A assinatura ocorreu numa cerimônia no Kremlin e transmitida pela televisão, com aplausos dos parlamentares, que cantaram o Hino Nacional russo.

Vladimir Putin assina lei de anexação da Crimeia
Notícias ao Minuto Brasil

13:47 - 21/03/14 por Agência Brasil

Mundo Presidente

“Hoje vivemos um acontecimento sério e importante. Hoje estamos completando os procedimentos legais com a adição da Crimeia e de Sebastopol à Rússia”, disse Putin. “Quero felicitar todos os habitantes deste país, cidadãos russos, e os habitantes da Crimeia e de Sebastopol por este evento marcante.”

O acordo inicial com as autoridades da Crimeia foi assinado pelo presidente russo na terça-feira (18). O tratado cria mais duas regiões administrativas russas: a Crimeia e a cidade portuária de Sebastopol, onde já está baseada a frota da Rússia no Mar Negro. Putin avisou aos parlamentares que há muito trabalho pela frente e pediu empenho na adaptação da Crimeia ao sistema legal, à economia e à sociedade russos.

Com a anexação formal, a Rússia anunciou a suspensão do desconto que dava à Ucrânia na compra de gás em troca do aluguel da base de sua frota no Mar Negro. O acordo, firmado em abril de 2010, estabelecia um desconto de US$ 100 para cada mil metros cúbicos de gás comercializados pela Rússia para a Ucrânia. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, disse hoje que, além de suspender o desconto, o governo russo vai cobrar juridicamente o pagamento de uma compensação no valor de US$ 11 bilhões equivalentes ao desconto aplicado nos últimos quatro anos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje que os países europeus dificilmente conseguirão oferecer gás à Ucrânia a um preço equivalente ao que é praticado pela Rússia. “É preciso dizer que o preço ucraniano do gás foi até agora especialmente baixo. Muitos Estados-Membros da União Europeia pagam mais”.

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