Hezbollah diz que tweets e as ameaças de Trump 'não assustam'
Nasrallah também disse que a acusação de que o governo sírio usou armas químicas em Douma não tem lógica, além de não existirem provas
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Mundo Conflito
O líder do movimento xiita libanês Hezbollah declarou nesta sexta-feira (13), num comício em Beirute, que os 'tweets e as ameaças de Donald Trump "não assustam" a Síria, o Irã, a Rússia ou os "movimentos de resistência" da região.
Hassan Nasrallah, que falava no decorrer um ato eleitoral (o Hezbollah é uma formação política que apoia o governo do Líbano), disse que as ameaças do presidente dos EUA - que na quarta-feira disse que haveria mísseis a caminho da Síria - não passam de "Hollywood".
Nasrallah também disse que a acusação de que o governo sírio usou armas químicas em Douma não tem lógica, além de não existirem provas.
"Alguém encurralado poderia usar [armas] químicas, mas por que o faria alguém que é vitorioso", questionou.
O líder do Hezbollah falava aos apoiantes do partido em Beirute, mas através de uma ligação por satélite. Sobre o ataque contra Douma, Nasrallah disse que se trata de "teatro".
Por outro lado, Nasrallah referiu-se ao ataque da aviação israelita contra uma base aérea síria - que resultou na morte de sete iranianos - como um "erro histórico".
O ataque, na qual caças israelenses dispararam até oito mísseis contra a base T4, ocorreu na segunda-feira (9), dois dias depois do alegado ataque com armas químicas em Douma.
Hassan Nasrallah disse que esta ação significa que a região entrou numa nova fase, na qual Israel está num estado de "confronto direto" com a República Islâmica do Irã.
O Irã, a Rússia e a Síria apontaram o dedo a Israel, mas Tel Aviv não admitiu responsabilidades pelo ataque. Com informações da Lusa.
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