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Brasileiro lidera equipe que investiga ataque químico na Síria

Especialistas revelam como age as cinco classes de armas químicas

Brasileiro lidera equipe que investiga ataque químico na Síria
Notícias ao Minuto Brasil

05:41 - 16/04/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Opaq

É de um brasileiro a responsabilidade de descobrir quais elementos foram usados na suposta arma química lançada pelo governo de Bashar al-Assad contra a cidade de Douma, na Síria, no último dia 7. Diretor de inspeções da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), o cientista Marcelo Kós lidera o esquadrão que está na capital síria desde o sábado (14), de onde aguardam para seguir para a região de Ghouta Oriental, onde houve o ataque.

"A equipe da FFM (Missão para Encontrar Provas) chegou a Damasco, na Síria, para começar os trabalhos", informou a organização no Twitter. Apontado como causa da morte de dezenas de pessoas e do envenenamento de centenas, o atentado químico é usado como justificativa para o lançamento de 100 mísseis pelos Estados Unidos, França e Inglaterra contra território sírio, na nesta sexta-feira (13).

+ Mísseis lançados por EUA contra Síria não eram usados há 10 anos

A operação maciça teve como alvo três instalações — duas a Oeste de Homs e uma na área de Damasco — que estariam relacionadas a um suposto programa de armas químicas sírias. Damasco nega qualquer atentado biológico em Douma. A Rússia também chamou de "montagem" o alegado uso de agentes tóxicos e insiste na investigação da Opaq.

Como agem as armas químicas

Em entrevista ao Fantástico, especialistas explicaram que existem cinco classes de armas químicas. Os neurotóxicos, como os gases Sarin e o ainda mais potente VX, causam pane no sistema nervoso central, provocando dificuldade de respirar, convulsão, salivação excessiva e ataque cardíaco. As armas sufocantes, como o cloro, provocam sensação de sufocamento, ardor nos olhos, boca e nariz, além de acúmulo de líquido no pulmão. Os gases sanguíneos usam cianeto para bloquear a oxigenação nas células e causar a falência do corpo.

As toxicinas, como a Ricina e a Saxitoxina, provocam irritação nos olhos, nariz e garganta, além de edema pulmonar e podem matar. Ao contrário das vesicantes, como o Gás Mostarda, que não é letal, mas atacam a pele, causam dor intensa e podem levar à cegueira. As armas químicas foram proibidas em acordo humanitário internacional, firmado na Convenção de Genebra, e, desde 1997, entrou na jurisdição da Opaq, que investiga e destrói armas em laboratórios de Porton Down, no Sul da Inglaterra.

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