EUA: suspeito de matar brasileiro em universidade nega culpa
Apesar de ter se declarado 'não culpado', estudante vai responder por homicídio em segundo grau
© Reprodução/ facebook/ Universidade de Binghamton
Mundo Detido
O estudante da Universidade de Binghamton Michael M. Roque, de 20 anos, suspeito de matar o universitário brasileiro João Souza, de 19 anos, dentro do campus da instituição de Nova York, Estados Unidos, negou o seu envolvimento no crime. Aluno do primeiro ano de engenharia, o mais jovem foi encontrado morto a facadas em seu dormitório na universidade, no último domingo (15). O colega é o principal suspeito.
Roque foi detido na segunda-feira (16), após quase 20 horas de ronda dos agentes de polícia nas imediações do campus. Ele foi identificado após a obtenção de imagens de uma câmera de segurança da instituição, que filmou o suspeito fugindo a pé, de rosto coberto, vestindo calças e moletom escuros. O universitário foi levado à cadeia do condado de Broome, onde negou qualquer envolvimento com a morte através do defensor público designado para o caso.
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Conforme relata o G1, o estudante vai responder por homicídio em segundo grau. A acusação é tida como a terceira mais grave deste tipo de crime nos Estados Unidos, perdendo apenas para homicídio em primeiro grau e homicídio qualificado. Para a Justiça norte-americana, declarar-se "não culpado" mostra que o acusado não concorda com a acusação ou pode também indicar que ele admite a infração, mas acredita ter uma defesa válida que justifique o ato. A pena para casos como esse pode ir de 25 anos até a prisão perpétua.
Entenda o caso
João Souza, aluno do primeiro ano de engenharia da Universidade de Binghamton, de Nova York, morreu esfaqueado na noite do último domingo (19). O jovem de 19 anos estava em seu dormitório, no campus da universidade, quando foi atacado por um colega, por volta das 22h30 (hora local). A vítima chegou a ser socorrida e levada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
A vítima morava nos Estados Unidos desde que cursava a oitava série, segundo um antigo amigo de escola informou ao site de notícias Pressconnects. "Era um cara ótimo, sempre sorrindo e contando piadas", comentou Sammy Landino à imprensa local, em declaração reproduzida pelo G1. Ele e João Souza estudaram juntos durante anos, até se formarem em um colégio de Nova York, em 2017, onde o brasileiro era conhecido como estrela de futebol.
Este não seria o primeiro caso de assassinato entre alunos no campus da Universidade de Binghamton, segundo o site americano. A aluna de enfermagem Haley Anderson, de 22 anos, também teria sido encontrada morta em uma residência, em março deste ano. O crime tornou o colega de curso Orlando Tercero o principal suspeito. Após a morte, ele fugiu para a Nicarágua.