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Eleições no Líbano são marcadas por grande abstenção

Últimas eleições ocorreram em 2009 e o mandato dos deputados deveria ter terminado em 2013

Eleições no Líbano são marcadas por grande abstenção
Notícias ao Minuto Brasil

22:48 - 06/05/18 por Lusa

Mundo Participação

A participação nas eleições deste domingo (6) no Líbano, as primeiras em nove anos, foi de 49%, contra os 54% das eleições legislativas de 2009, disse o ministro do Interior, Nohad Machnouk. A elevada abstenção acontece no momento em que o país tem uma nova lei eleitoral, baseada na representação proporcional, adotada no ano passado.

"Esta lei devia, portanto, gerar uma taxa de participação mais elevada do que em 2009", disse o ministro. 

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No entanto, apesar dos apelos ao voto foi a fraca participação que marcou as eleições, em um país com uma corrupção endêmica e uma economia estagnada.

O dia também foi marcado por conflitos dentro e fora das assembleias de voto. O presidente Michel Aoun apelou aos eleitores para que votassem, em um discurso na televisão uma hora antes do encerramento das urnas, afirmando: "Se você quer mudar deve exercer o seu direito" de voto.

A baixa afluência, entre 30 a 40% nos distritos de Beirute - segundo a agência nacional de notícias do Líbano - , mostrou a apatia dos eleitores em relação às principais correntes políticas no país. Também deixou em aberto a possibilidade de outros candidatos conseguirem um lugar no parlamento. Foram chamados a votar cerca de 3,6 milhões de eleitores. 

As últimas eleições ocorreram em 2009 e o mandato dos deputados deveria ter terminado em 2013, tendo sido aprovadas várias extensões do mesmo, evocando-se questões de segurança relacionadas com a guerra na vizinha Síria.

O sistema político libanês distribui o poder entre as diferentes comunidades religiosas do país e os principais partidos são liderados por dinastias políticas.

Os libaneses escolheram entre 583 candidatos, distribuídos por 77 listas, os ocupantes dos 128 lugares no parlamento (que deve ter igual número de cristãos e muçulmanos), de acordo com a legislação aprovada em 2017, que reduziu o número de circunscrições e introduziu o escrutínio proporcional. COm informações da Lusa.

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